Eduardo Bolsonaro em evento conservador nos EUA. Foto: reprodução

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) intensificaram movimentações diplomáticas nos Estados Unidos com o objetivo de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A articulação, segundo o grupo, ganhou fôlego com a suposta visita do coordenador de sanções do Departamento de Estado, David Gamble, a Brasília na próxima semana. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos EUA, afirma ter se reunido com autoridades americanas e divulgado a vinda de Gamble como parte da estratégia para pressionar o STF.

Eduardo afirmou ter se reunido com representantes da Casa Branca e do Departamento de Estado, sem divulgar nomes. A expectativa do grupo é que Gamble também encontre o ex-presidente Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia.

A base jurídica da ação seria a Lei Magnitsky, que permite aos Estados Unidos sancionar estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. Os bolsonaristas alegam que Moraes teria violado a liberdade de expressão ao solicitar o bloqueio de perfis e informações a big techs, afetando inclusive usuários norte-americanos.

Chefe da área de sanções dos Estados Unidos, David Gamble desembarcará no Brasil; ele é oficial do exército dos EUA e atuou no Afeganistão. Foto: Reprodução

Dois caminhos são cogitados: o cancelamento do visto de Moraes pelo Departamento de Estado — medida já aplicada a outras autoridades, como a ex-presidente argentina Cristina Kirchner — ou a imposição de sanções diretas pela Casa Branca, nos moldes do que foi feito ao procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, após a emissão de um mandado de prisão contra o premiê israelense Binyamin Netanyahu.

A movimentação conta com o apoio de figuras ligadas a Donald Trump, como o ex-estrategista Steve Bannon e o ex-conselheiro Jason Miller, ambos próximos do bolsonarismo. Segundo aliados, já existe um rascunho de decreto que aplicaria punições a Moraes, como o bloqueio de bens nos EUA e restrições financeiras por meio da Ofac (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros).

Eduardo Bolsonaro e o golpista Paulo Figueiredo — denunciado junto com Bolsonaro pela PGR por participação em uma suposta trama golpista — devem retornar a Washington em breve para mais encontros.

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Last Update: 03/05/2025