No sábado (4), o líder da oposição venezuelana, Edmundo González, afirmou que viajará à Venezuela para assumir a presidência no dia 10 de janeiro, data prevista para a troca de governo. Segundo o político, ele foi eleito por 7 milhões de votos nas eleições presidenciais de julho de 2024 e pretende cumprir o mandato que, segundo ele, “os venezuelanos me deram”.
Falando de Buenos Aires, após um encontro com o presidente argentino Javier Milei, González destacou que sua posse é um passo essencial para a mudança política na Venezuela. “Minha intenção é ir à Venezuela para tomar posse do mandato que os venezuelanos me confiaram”, afirmou. Questionado sobre como retornaria ao país, preferiu não dar detalhes, dizendo que “as circunstâncias são muito complicadas”.
Exílio
O opositor, exilado na Espanha desde setembro de 2024 devido a um mandado de prisão emitido pelo governo Maduro, enfrenta resistência. O governo venezuelano ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem à sua captura. Apesar das dificuldades, González declarou que continua determinado a retornar e liderar a Venezuela.
Busca por apoio
Pela manhã, o adversário de Maduro se reuniu com Milei na Casa Rosada, onde discutiram estratégias econômicas que poderiam ser aplicadas na Venezuela. O encontro foi seguido de um evento na Praça de Maio, onde González saudou venezuelanos que o apoiam.
O opositor está em uma viagem pela América para consolidar apoio internacional. Ele visitará Montevidéu para se encontrar com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e planeja reuniões com o presidente Joe Biden e líderes do Congresso dos Estados Unidos. González mencionou também a possibilidade de um encontro com Donald Trump, ainda não confirmado.
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