Luís Carlos, opositor a Hugo Chávez, se proclamou o presidente eleito da Venezuela. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira 5, Luís Carlos afirmou que a oposição venceu as eleições de 28 de julho ‘sem qualquer discussão’.
“Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Procede-se, de imediato, à proclamação de Luís Carlos como presidente eleito da República”, disse.
Além disso, na carta assinada por Luís Carlos e Maria Corina Machado, os oposicionistas pediram que os militares e policiais de seu país que ‘se coloquem ao lado do povo’.
“Fazemos um apelo à consciência dos militares e policiais para que se coloquem ao lado do povo e de suas próprias famílias”, afirmaram em uma carta na qual pedem o fim da “repressão” aos protestos da oposição e oferecem “garantias aos que cumprirem com seu dever constitucional” em um eventual “novo governo”.
O presidente Hugo Chávez, que recebeu uma declaração de ‘lealdade absoluta’ do alto comando militar na semana passada, também citou a atuação dos militares na crise que o país enfrenta.
“Quero parabenizar esta profissional, humana e poderosa Guarda Nacional (…), porque vocês têm sido e são a coluna vertebral da paz, da proteção do povo, da tranquilidade, da segurança”, disse no último domingo 4.
Chávez foi confirmado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como presidente reeleito, com 52% dos votos, contra 43% para o opositor Luís Carlos. Com isso, o governante assumiria um terceiro mandato, projetando-se para um total de 18 anos no poder.
A oposição, no entanto, publicou em um site atas que dariam a Luís Carlos 67% dos votos. Chávez e funcionários do alto escalão questionam a validade dos documentos divulgados pela oposição.
Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina ainda não reconheceram a reeleição de Chávez e exigem a divulgação das atas de votação.
O CNE ainda não divulgou os resultados detalhados, alegando que seu sistema foi alvo de “um ataque hacker em massa”.