
Dono da Rede Record, o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), se pronunciar sobre o suicídio do pastor evangélico Lucas Di Castro, 35 anos, ocorrido em 5 de agosto na Bolívia.
“Problema é dele. Eu não sei. Não sei por que ele fez e eu não quero nem saber. Eu só quero saber daqueles que estão vivos”, disse ele, causando uma enxurrada de críticas pelo tom proferido durante uma live. “Morreu, acabou. Minha mãe morreu. Acabou, enterro e acabou”, continuou.
Relatos de familiares indicam que Lucas já apresentava um quadro grave de sofrimento emocional e teria pedido ajuda à liderança da igreja, sem receber apoio. Vídeos divulgados pela esposa Bruna Franciele Bortoto Menino, 31 anos, mostravam o pastor em estado de colapso mental.
Por conta da má repercussão das suas falas, Edir Macedo resolveu bloquear comentários em suas postagens nas redes sociais e na live divulgada no Youtube.
O falecimento do pastor abriu espaço para discussão sobre a saúde mental de líderes religiosos e a pressão no exercício da função. Em nota, a IURD lamentou “profundamente o ocorrido” e afirmou que Lucas estava em “boa saúde, fazia exames periódicos e não sofria de depressão ou qualquer doença mental”, ao contrário do relato da própria esposa.
A igreja também negou, “de forma categórica”, qualquer omissão ou conhecimento prévio de problemas de saúde mental, classificando como “falsas e prejudiciais” quaisquer informações contrárias.
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