A economia cresceu 3,4% em 2024, informa o IBGE. Foi o segundo melhor resultado em uma década, atrás apenas dos 4,8% de 2021, mas aquele tinha sido consequência da queda de 3,3% causada no ano anterior pela pandemia de covid. Para 2025, o “mercado” projeta expansão de 2%, embora esse mesmo “mercado” tenha errado muitas previsões no governo Lula. No Ministério da Fazenda, a estimativa atual é de 2,3% de crescimento neste ano. O desempenho seria melhor, se não fosse o juro alto do Banco Central (BC). A taxa Selic está em 13,25%, por causa da inflação, e vai subir ao menos mais um ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 19 de março, decisão antecipada pelo BC ainda em 2024. O setor industrial reclama do juro elevado, que atrapalha consumo e investimentos, mas sobram industriais rentistas.
Sobre esses assuntos, o repórter André Barrocal entrevista AO VIVO Haroldo Silva, vice-presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP) e autor do livro “A ilusão neoliberal da indústria”.