Nesta quarta-feira (17), a Causa Operária TV (COTV) transmite ao vivo a segunda parte do programa especial sobre o caso de Natália Pimenta, dirigente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), falecida em 22 de novembro de 2025.
O primeiro episódio, divulgado na última semana, reuniu membros da família e pessoas que acompanharam de perto o tratamento de Natália no hospital. Na mesa, estiveram Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO e pai de Natália; Adriana Machado e Izadora Dias, companheiras que estiveram ao lado dela; e João Pimenta, irmão e responsável pelos desdobramentos jurídicos e políticos do caso.
No episódio de estreia, foram detalhados os desafios enfrentados por Natália desde o diagnóstico de câncer de mama triplo negativo, considerado um dos mais agressivos, até o surgimento de múltiplas metástases e complicações ao longo do tratamento. A família denunciou atrasos e decisões controversas no sistema de saúde, incluindo limitações no acesso a terapias modernas, divergências médicas sobre abordagens terapêuticas e dificuldades no acompanhamento rigoroso da doença, que evoluiu com metástases cerebrais e, posteriormente, com leucemia mieloide aguda.
A história clínica de Natália começou em 2021, quando ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama. João Pimenta explicou que o perigo do câncer de mama reside na metástase para outros órgãos. Ele informou que o tipo de câncer de Natália era o triplo negativo, considerado “o mais agressivo” devido à ausência dos três receptores mais comuns. Segundo ele, isso restringe as opções de terapias modernas, que dependem desses receptores para “mirar aquelas células”.
O tratamento inicial incluiu cirurgia seguida de terapia sistêmica, ou quimioterapia, para cobrir quaisquer células residuais. Dada a agressividade da doença, foi usado o fármaco conhecido como carboplatina. João Pimenta advertiu que o remédio, embora comum nesses casos, possui riscos potenciais, incluindo, em casos raros, o desenvolvimento de leucemias, mas era necessário devido ao fato de que “o número de terapias mais gerais que você tem não é muito grande”.
Durante o programa, foram abordadas questões relacionadas à ética médica, ao acesso a medicamentos inovadores que ainda não tinham registro no Brasil e à luta da família para obter tratamento adequado, incluindo processos judiciais e críticas ao funcionamento do sistema de saúde público e privado.
Confira a transmissão ao vivo ás 12h30 horas nesta quarta-feira (17), com a continuação das entrevistas e análise aprofundada do caso.