Amanhã, sábado (10), acontece em São Paulo o grande ato nacional em celebração aos 80 anos da derrota do nazismo. A atividade, que integra uma jornada internacional convocada pela Internacional Antifascista, será realizada a partir das 9h na Academia Paulista de Letras, no Largo do Arouche, próximo à estação República do metrô.

A atividade é organizada por uma frente de entidades de luta operária e popular. A maior organização sindical do País, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), aderiu ao chamado, além da CTB, da Frente Nacional de Luta (FNL), do Movimeto Nacional de Luta por Moradia (MNLM), da Corrente Sindical Nacional Causa Operária (CNSCO), da APEOESP e do Sindicato dos Bancários de Brasília. Os Comitês de Luta e o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) também mobilizam suas bases para o ato, ao lado de entidades como o CEBRAPAZ, o Coletivo Terra Vermelha e o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo. Além disso, o Partido da Causa Operária (PCO), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Operário Revolucionário (POR) também convocam a manifestação.

A articulação internacional é feita pela recém-fundada Internacional Antifascista, ativa hoje em quase 70 países e que se propõe a impulsionar a mobilização mundial contra o fascismo e o imperialismo. Estão previstas intervenções de todas as organizações que participam da atividade, em um tributo à vitória dos trabalhadores do mundo contra o nazismo e um chamado à luta contra a dominação imperialista dos dias atuais.

Em declaração ao Diário Causa Operária (DCO), Arthur Cesconetto, dirigente nacional do PCO e um dos organizadores do evento, destacou que o ato já mobilizou caravanas de todo o País:

“Temos confirmações do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e também do Nordeste. Só em São Paulo, mais de 800 pessoas foram mobilizadas diretamente. A aceitação tem sido muito alta”, afirmou.

Cesconetto também destacou o caráter coletivo da organização e o entusiasmo crescente da militância: “a decisão de realizar o ato se mostrou acertada. Está sendo um verdadeiro sucesso da campanha antifascista”.

A data marca o aniversário da rendição do exército nazista frente ao Exército Vermelho, em 9 de maio de 1945. A vitória soviética foi conquistada à custa do sacrifício de dezenas de milhões de combatentes, operários e camponeses que resistiram à invasão alemã. Foi a classe operária soviética quem desempenhou o papel decisivo na derrota do nazismo, papel que o imperialismo, os governos “democráticos” e a imprensa burguesa procuram esconder.

Além da homenagem aos combatentes, o ato se coloca como uma denúncia contra a atual ofensiva imperialista — que tem no sionismo sua expressão mais brutal, como demonstrado no massacre perpetrado por “Israel” na Faixa de Gaza. Os países imperialistas ditos “democráticos”, os mesmo que, no passado, sustentaram Mussolini e Hitler, são os patrocinadores de regimes assassinos como é o caso da entidade sionista. Nesse sentido, o Dia da Vitória deve ser um dia de luta de todos os oprimidos contra o imperialismo e sua máquina de moer trabalhadores.

Na Rússia, as celebrações oficiais começaram nesta quinta-feira (8), com um jantar oferecido por Vladimir Putin a representantes estrangeiros no Crêmlin. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente a convite do governo russo e manteve breve conversa com Putin durante o evento. As celebrações, que ocorrem anualmente, incluem o tradicional desfile cívico-militar na Praça Vermelha e contam este ano com a presença de cerca de 20 líderes estrangeiros, incluindo o presidente chinês Xi Jinping.

A luta contra o fascismo e contra o imperialismo é uma luta atual, e a data histórica da vitória sobre o nazismo deve servir de inspiração para organizar a derrota dos exploradores de hoje. É preciso transformar a comemoração dos 80 anos do Dia da Vitória em um passo a mais na construção de uma verdadeira frente operária internacional contra a dominação imperialista.

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Last Update: 09/05/2025