O presidente Lula (PT) voltou a se manifestar sobre o governo venezuelano de Nicolás Maduro e afirmou que, se estivesse no lugar dele, convocaria uma nova eleição. A declaração foi dada em reunião com líderes partidários, nesta segunda-feira (26), segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo.
Durante o encontro, Lula também comentou sobre a declaração conjunta com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, divulgada no sábado (24). No comunicado, ambos os países afirmaram que a credibilidade da vitória eleitoral de Maduro dependia da divulgação das atas de todas as seções eleitorais com dados ratificados.
No noite após a eleição, realizada em 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a vitória de Maduro por 51,95 %, contra 43,18 % do candidato opositor Edmundo González Urrutia. Desde então a oposição questiona o resultado e a comunidade internacional passou a exigir a apresentação das atas eleitorais para confirmar a reeleição ou a derrota do presidente venezuelano.
À época, a oposição digitalizou 25.073 das 30.026 atas eleitorais, reunidas por fiscais de partidos opositores. Segundo esses documentos, divulgados em um site, González foi o vencedor do pleito, com 67% dos votos.
Agora, o site de notícias Caracas Chronicles divulgou o depoimento, em condições de anonimato, de fiscais eleitorais do Partido de Maduro, o PSUV, que disseram ter visto as atas em suas seções eleitorais, nas quais, afirmaram, a vitória de González.
De acordo com o O Globo, dois fiscais e uma líder comunitária do PSUV revelaram, também, pressão por parte do partido governista para que não fossem divulgadas as atas eleitorais às quais tiveram acesso.
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