Com o início da temporada de convenções para formalizar os candidatos que irão disputar a prefeitura de Belo Horizonte, a pressão para unir as forças políticas tem mobilizado lideranças de todos os campos políticos que participam do processo. No PL, o presidente do partido em Minas Gerais, deputado federal Domingos Sávio (foto/reprodução internet), acredita que o deputado estadual Bruno Engler é o que melhor representa a direita.
É possível unir os candidatos de direita em uma única candidatura?
A primeira coisa é que a candidatura do Bruno Engler é natural, de direita, que chega amadurecido, com dois mandatos de deputado estadual, experiente no trabalho político, mas coerente. E qual que é a vantagem disso, que nós, do PL estamos percebendo, sentindo e ouvindo a população? O eleitor cansou daquele político do tipo “tanto faz”, daquele político vira casaca, daquele político falso, para se usar um português claro. Aquele político que uma hora ele é de esquerda, outra hora ele é de direita, que não tem compromisso para ser cumprido. Então, o eleitor, ele até rejeita um radicalismo, mas quer que o político tenha lado. Eu enxergo o Bruno como esse candidato, um candidato preparado e que tem lado, que tem clareza nas suas propostas, nas suas ideias. Está em um partido que hoje representa um sentimento nacional de oposição ao PT, de oposição à esquerda. Não tem essa coisa de ser mais ou menos. É o candidato que tem todas as condições de representar a direita, representar o centro-direita, o que consideramos como sendo absolutamente natural em um processo de amadurecimento da política no Brasil. Nós queremos atrair aqueles que de fato entendem que nós não podemos entregar o comando de Belo Horizonte para a esquerda, que estaria preparando o ambiente para entregar Minas Gerais novamente para um governo de esquerda, cuja experiência foi muito ruim para todos os mineiros.
O PL está conversando com quem?
O PL tem conversado com alguns partidos. Já tivemos uma conversa muito promissora, praticamente consolidada, com o Partido Progressista. Estamos conversando com o governador Zema e com o vice-governador Mateus Simões, portanto, com o Novo, com o presidente do Novo, o Laguna, estamos conversando também com outras lideranças de diversos partidos que não querem que a esquerda, especialmente, que o PT, volte a ter uma hegemonia no comando de Minas Gerais, o que seria praticamente garantir a reeleição de Lula na presidência da República. É indiscutível que essa eleição, embora ela tenha que ter um foco e uma responsabilidade com a cidade, com Belo Horizonte, no caso nosso aqui da capital, mas também com cada cidade de Minas e do Brasil, é uma eleição que, inevitavelmente, também está ligada ao futuro que nós queremos para Minas e queremos para o Brasil. Não dá para imaginar que você elege um prefeito ligado ao PT e que amanhã ele vai ter liberdade de questionar pelo menos a reeleição do Lula. Ele vai dizer amém e aí, nós vamos caminhar a passos largos para um comunismo populista ou socialismo, como eles procuram às vezes dar um charme para a palavra. Isso que está em jogo no futuro do Brasil.
Quais cidades no interior interessam ao PL nessas eleições?
Tenho trabalhado muito como presidente estadual e estou trabalhando muito, porque estou trabalhando no que acredito, numa política feita com seriedade e com propósitos para o futuro. O PL que estava organizado em algo em torno de 200 cidades quando eu assumi a presidência no ano passado, está agora em mais de 620 municípios de Minas Gerais. E vai estar participando em praticamente todo o estado, das eleições municipais. Teremos um número recorde de candidatos a prefeito e candidatos à vice-prefeitos, candidatos a vereador e vereadora, homens e mulheres muito determinados a fazer o PL se consolidar em Minas. Posso assegurar que o PL participará das eleições municipais em mais de 500 municípios mineiros tendo pré-candidatos a vereador e a vereadora em todos eles e pré-candidatos a prefeito e a vice-prefeito também na maioria dos municípios mineiros. Isso nos dá a esperança, diria praticamente a certeza, de que nós vamos é crescer muito. Acredito que o PL deverá ser o partido que mais vai crescer em Minas Gerais nas eleições de 2024.
O PL tem quantos prefeitos em Minas?
Atualmente, em torno de 40 prefeitos. Acredito que a gente deve dobrar, um pouco mais do que dobrar esse número, e teremos também um número expressivo de vice-prefeitos e acredito que vamos conseguir passar da casa de mil vereadores eleitos em todo estado. Então será um crescimento substancial e não vai me surpreender se o PL chegar a ser o partido com maior representatividade já nessa eleição.