Dólar cai para R$ 5,43, menor valor desde setembro; Ibovespa fecha em alta

Dólar tem o menor valor desde setembro. Foto: Divulgação

O dólar fechou a segunda-feira (30) em queda de 0,91%, sendo cotado a R$ 5,4335, o menor valor desde setembro do ano passado, quando a moeda americana atingiu R$ 5,4241. Com esse movimento, a moeda acumula uma desvalorização de 12,08% em 2025.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou uma alta de 1,45%, alcançando 138.855 pontos, com um ganho acumulado de 15,44% no primeiro semestre do ano. A agenda econômica desta semana está movimentada, com a divulgação de indicadores importantes tanto no Brasil quanto no exterior.

No Brasil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontou a criação de mais de 148 mil vagas formais de trabalho em maio, elevando o saldo acumulado do ano para 1 milhão de postos de trabalho. Além disso, o Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira, indicou uma redução nas estimativas de inflação para o país, seguindo a tendência das últimas semanas.

Enquanto isso, no exterior, investidores acompanham atentamente os indicadores econômicos dos Estados Unidos e da Europa. O mercado também monitora a tramitação do projeto de lei orçamentário do presidente dos EUA, Donald Trump, que avançou no Senado no fim de semana.

Gráfico mostrando a variação do dólar. Foto: Reprodução/G1

A proximidade do fim do prazo da suspensão do tarifaço de Trump também está no radar dos investidores, que esperam possíveis desdobramentos dessa situação. Outro tema importante que continua a gerar incertezas no mercado é o impacto da derrubada do projeto que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada.

A queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem resultar em novos cortes no orçamento, o que tem gerado preocupações sobre o ajuste fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista que o presidente Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar se a decisão da Câmara dos Deputados fere a autonomia entre os poderes.

No cenário internacional, o mercado segue de olho na guerra comercial, especialmente com a expiração do prazo de suspensão do tarifaço de Trump. Além disso, os Estados Unidos estão observando de perto os dados de inflação, como os gastos do consumidor e o índice de preços PCE, que reforçam as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderá reduzir os juros.

A postura do presidente do Fed, Jerome Powell, tem gerado discussões, principalmente após suas declarações sobre os impactos das tarifas e a inflação, que estão sendo monitoradas atentamente pelos mercados financeiros.

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