
Dois policiais militares foram presos e quatro outros afastados em meio à investigação sobre a execução de Gabriel Junior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, durante uma abordagem em Piracicaba, no interior de São Paulo. O crime ocorreu na noite de 1° de abril, quando a vítima foi baleada na cabeça.
A operação, realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, resultou nas prisões nesta terça-feira (24), além do cumprimento de seis mandados de busca e apreensão.
Os policiais Júnior César Rodrigues e Leonardo Machado Prudêncio, que participaram da abordagem, foram afastados de suas funções operacionais logo após o ocorrido, em 3 de abril. A investigação segue por homicídio e coação no curso do processo, com os suspeitos sendo monitorados para apurar a responsabilidade.
O caso ocorreu quando Gabriel, que estava acompanhado de sua esposa, Rebeca Mirian Alves Braga, foi abordado pelos policiais. Durante a ação, Gabriel tentou se defender com uma pedra, o que levou um dos policiais a disparar contra ele.
Imagens gravadas por testemunhas mostram o momento tenso em que Rebeca, grávida, é puxada por um dos agentes, e o disparo fatal é ouvido, gerando desespero nos presentes.
Brasil – São Paulo – Piracicaba
01/04/2025Policial Militar de São Paulo assassina o jovem Gabriel Junior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, que tentava defender sua esposa grávida. pic.twitter.com/ypqN6eOXt2
— Renato Freitas (@Renatoafjr) April 3, 2025
Gabriel foi levado ao Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a morte foi confirmada pouco depois. A polícia informou que, após a abordagem, as armas dos policiais envolvidos foram apreendidas e que o caso será apurado por meio de um inquérito policial militar (IPM).
A Secretaria da Segurança Pública também indicou que a investigação está sendo conduzida pela 3ª Delegacia de Homicídios do Deic do Deinter 9. A Polícia Militar diz que pretende responsabilizar rigorosamente qualquer agentes envolvido em desvio de conduta. A corporação alega que não tolera excessos e que os responsáveis, caso comprovada a irregularidade, serão devidamente punidos.