Incêndio na região de São José do Rio Preto (SP). Foto: Diuvlgação

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a prisão de dois suspeitos envolvidos em incêndios criminosos no interior de São Paulo, desde o início da força-tarefa do estado para conter os avanços das chamas. As detenções ocorreram em São José do Rio Preto e Batatais, dois dos municípios mais afetados pelas queimadas.

No sábado (24), a primeira prisão foi registrada em São José do Rio Preto. Um homem queimava lixo no quintal, e o fogo se espalhou. Ele foi ouvido e liberado pela polícia. No dia seguinte, um mecânico de 42 anos foi detido em Batatais após ser flagrado pela Polícia Militar enquanto ateava fogo em uma área próxima à região central da cidade. O suspeito foi preso em flagrante com uma garrafa de gasolina, um isqueiro e seu telefone celular.

Em vídeos encontrados no aparelho, ele comemorava incêndios de grandes proporções na região. O homem será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Franca (SP) e responderá por incêndio criminoso. A força-tarefa estadual começou no último fim de semana com o decreto de situação de emergência por 180 dias em 45 municípios paulistas.

O governo também criou um gabinete de crise para enfrentar a situação climática crítica. Até o momento, 46 cidades estão em alerta máximo, incluindo 21 com focos ativos de fogo. Entre essas cidades estão Monte Alegre do Sul, Pontal, Sertãozinho e Ribeirão Preto, entre outras.

As Forças Armadas, incluindo um avião KC-390 da FAB, foram mobilizadas para a operação. O governo anunciou que a força-tarefa começaria nas próximas horas nas áreas monitoradas. Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, onde ocorreram as prisões, estão entre as mais atingidas por um número recorde de queimadas nos últimos 26 anos.

Desde quinta-feira (22) até a manhã deste domingo (25), foram registrados 2.621 focos de incêndio por satélites do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os incêndios resultaram em acidentes e interdições nas estradas devido à baixa visibilidade, além de mortes de pessoas que tentaram combater as chamas em Urupês (SP). Também houve cancelamento de aulas, operações de voos e atividades ao ar livre em Ribeirão Preto.

Em Altinópolis, uma rave em área rural foi esvaziada e 500 pessoas foram atendidas devido à inalação de fumaça. Em resposta à crise, o governo anunciou um plano emergencial para ampliar os atendimentos de saúde. A nova estratégia inclui a expansão de serviços de telemedicina, triagens reorganizadas para encaminhamento a hospitais de referência, e fornecimento de kits de higiene e pontos de hidratação para populações vulneráveis.

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Última Atualização: 25/08/2024