Documentos revelam que instituições financeiras colaboraram para esconder o esquema de corrupção na Americanas

As fraudes contábeis nas Lojas Americanas, que causaram um prejuízo estimado em R$ 25 bilhões na empresa, eram omitidas em relatórios e trocas de e-mails entre bancos, de acordo com documentos obtidos pelo portal Uol, divulgados pela reportagem dos jornalistas Mariana Desidério e Felipe Mendes.

Segundo o material, parte da apuração conduzida pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), mensagens trocadas desde 2017 entre as instituições financeiras Itaú, Santander, ABC Brasil, com a empresa de auditorias KPMG e a própria varejista, apontam que as informações sobre a verdadeira saúde financeira da companhia vinham sendo “sistematicamente ocultadas, indicando fraude”.

Na prática, os arquivos que citavam “por engano” empréstimos tomados pela Americanas, eram “corrigidos” em e-mails seguintes, nos quais os valores desses financiamentos sumiam. Assim, não era possível estimar o valor que a companhia realmente devia.

O ação ocorria sobre um tipo específico de empréstimo, o de risco sacado. Nessa modalidade de crédito, o banco assume os débitos do varejista com seus fornecedores e a companhia passa a dever a instituição financeira.

Essas operações, que foram muito usadas pelas Americanas nos últimos anos, não eram registradas devidamente nos balanços. Com isso, os prejuízos reais acumulados pela empresa eram ocultos.

Leia também:

Artigo Anterior

Justiça Eleitoral é acionada pelo PT para investigar governador de Santa Catarina por uso indevido de residência oficial para promoção do PL

Próximo Artigo

O ex-presidente Lula homenageia o Dia Nacional do Funk: "Uma expressão cultural que saiu das ruas e conquistou a globalização"

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!