Na noite da última quarta-feira (12), “Israel” iniciou uma série de ataques aéreos contra a capital do Irã, Teerã, no que representa uma escalada inédita e extremamente perigosa da agressão sionista contra o país persa. Os bombardeios ocorreram por volta das 2h da madrugada (horário local do dia 13) e resultaram na morte de vários cidadãos iranianos, entre eles cientistas e especialistas envolvidos em projetos estratégicos do programa nuclear iraniano. A ofensiva armada acontece justamente no momento em que o regime sionista, cada vez mais encurralado e desmoralizado em Gaza, viu sua fachada de invulnerabilidade ser abalada por uma das maiores operações de inteligência já realizadas contra suas instalações, levando a República Islâmica a obter milhares de documentos secretos que desmascaram o programa nuclear clandestino de “Israel” e comprovam a submissão total da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ao regime de ocupação.
Conforme noticiado neste Diário, a AIEA aprovou uma resolução criminosa contra o país asiático. Nela, Alemanha, França e Reino Unido, apoiada pelos EUA, ameaçam sanções massivas contra o Irã, sob a justificativa falsa de que o país teria violado o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), acordo nuclear de 2015.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos começaram a realizar movimentações em suas bases militares embasadas no Iraque e no Barém, aumentando o nível de alerta. No mesmo sentido, o Reino Unido emitiu alerta, às embarcações comerciais que transitam pelo Golfo Pérsico, de possível escalada militar.
A resolução criminosa da AIEA, as sanções decorrentes, e a ameaça de guerra, são feitas poucos dias após o Irã ter revelado que sua inteligência obteve milhares de importantes documentos sobre o programa nuclear israelense.
No último sábado (7), a emissora iraniana Press TV noticiou que a inteligência iraniana havia obtido um vasto acervo de documentos estratégicos e confidenciais relacionados ao programa nuclear clandestino israelense, incluindo registros de planos e instalações.
Foi igualmente informado que a operação de inteligência foi um dos maiores golpes contra o regime de ocupação e que a quantidade de documentos é tão vasta que revisá-los, juntamente com a visualização de imagens e vídeos, consome uma quantidade considerável de tempo.
Em declaração, Esmail Khatib, Ministro da Inteligência da República Islâmica, destacou que “falar em milhares de documentos seria um eufemismo. O vasto acervo de documentos estratégicos e sensíveis [israelenses]” inclui “planos e dados sobre as instalações nucleares [de Israel]”, conforme noticiado pela Press TV nesta quinta-feira (12).
Khatib acrescenta que os documentos também incluem informações “sobre o relacionamento com os EUA, Europa e outros países, bem como documentos de inteligência que aumentariam o poder ofensivo do Irã”. No mesmo sentido foi a declaração de Hossein Salami, chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), que afirmou que a informação dará ao Irã uma vantagem em qualquer ataque de mísseis contra Israel.
Dando maiores detalhes sobre o conteúdo dos documentos obtidos, a emissora informou que eles revelam que a Agência Internacional de Energia Atômica está a serviço de “Israel”.
Detalhando o servilismo da AIEA perante o sionismo, Press TV informou que o chefe da agência Rafael Grossi “tem cooperado estreitamente com autoridades israelenses e cumprido integralmente suas diretrizes e ordens”.
No mesmo sentido, foi a notícia dada pela agência iraniana de notícias Fars que, citando fonte informada sobre a questão, noticiou que “esses documentos mostram claramente que, em vez de desempenhar um papel neutro, a AIEA se tornou um instrumento a serviço dos objetivos do regime sionista”.
Os documentos expõem ainda que inúmeros dos cientistas nucleares iranianos assassinados pelo sionismo e pelo imperialismo, o foram graças à AIEA. Conforme informado pela Fars “cartas oficiais e confidenciais do Irã à AIEA – contendo informações sensíveis – foram canalizadas para as agências de espionagem do regime sionista por meio de canais secretos”.
Revelações que explicam a recente resolução da agência que, conforme informado no início desta matéria, acusa falsamente o Irã de não cumprir condições do JCPOA e utiliza isto como pretexto para impor sanções que resultariam em perda de bilhões de dólares para a economia iraniana.
Inteligência obtida também revela que “Israel” está envolvida com tráfico de órgãos e drogas, bem como exploração sexual de mulheres e crianças
Na terça-feira (10), o jornalista iraniano Mohammad Ghaderi, que possui ligações com as autoridades iranianas de segurança, divulgou inúmeros detalhes dos documentos de inteligência obtidos.
Além das informações já expostas acima, ele informou que o “tesouro” do Irã inclui “informações sobre redes de corrupção, incluindo redes de tráfico de órgãos, distribuição de drogas, exploração sexual de mulheres e crianças, informações financeiras, financeiras, bancárias e de seguros”.
Maiores detalhes ainda não foram fornecidos, mas Ghaderi afirmou que, dentre a inteligência obtida, quase 2.000 documentos do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu. Assim como informações do “arquivo secreto do Mossad”.
Não bastante, foram igualmente obtidas “informações privadas sobre autoridades e líderes israelenses que se opõem a Netaniahu inclusive gravações escondidas em seus banheiros, quartos e dentro de suas casas, e informações obtidas por meio de hackeamento de seus celulares e computadores pessoais, que foram usados no escritório de Bibi para chantagear seus oponentes“.
Os documentos também incluem “40 mil horas de imagens de CFTV”, assim como imagens aéreas de alta qualidade de cidades israelenses, portos e infraestrutura importante, conforme noticiado pelo portal de notícias The Cradle.
Referido portal destaca, citando o portal DropSite News, que o jornalista Mohammad Ghaderi é “um conhecido representante da imprensa” que “é frequentemente usado pelas autoridades iranianas para divulgar informações confidenciais antes do reconhecimento oficial”.