O documentário Mestras (2024), de Aíla e Roberta Carvalho, apresenta de maneira emotiva três tradições do interior do Pará: a do boi da mestra Miloca, em Ourém; a do o samba de cacete, com a mestra Iolanda do Pilão, em Cametá; e a do carimbó, com a mestra Bigica e o grupo Sereia do Mar, em Marapanim.
São lugares remotos onde ainda pulsam as tradições da Amazônia, graças a mulheres que as mantêm vivas.
O documentário estreou no Festival de Gramado no ano passado e participou do In-Edit 2025, o maior festival de filme musical do País. Agora, integra a programação do Festival Toca, com exibição neste domingo 17, às 14h, no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro.
O filme é narrado pela cantora paraense Aíla, que também dirige o documentário. A cantora Dona Onete enfatiza na obra a importância de valorizar as mulheres que carregam a cultura da Amazônia — ela própria começou a carreira depois dos 60 anos e gravou o primeiro disco aos 73.
O filme tem imagens exuberantes da Amazônia, com depoimentos sensíveis de mulheres sobre a participação nas manifestações musicais da região. É uma mostra do Brasil que resiste culturalmente no Norte profundo.