Ana Luiza de Oliveira Neves, adolescente que morreu por intoxicação alimentar após comer um bolo de pote, estava no terceiro ano do Ensino Médio. Ela recebeu o doce com um bilhete anônimo que dizia: “Um mimo pra garota mais linda que já vi” (sic).
Moradora de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, ela tinha 17 anos e estudava na Escola Estadual João Baptista de Oliveira. Ana é descrita por alunos do “terceirão” como uma adolescente “doce”, “gentil”, “sorridente” e “simpática”.
“Com um enorme peso, nossa sala se despede de uma linda estrela. Nenhuma palavra será suficiente para consolar, mas desejamos que o amor e as lembranças bonitas confortem, pouco a pouco, os corações machucados. Ana foi, e sempre será, parte da nossa história. Levaremos conosco os bons momentos, os aprendizados e o carinho que ela deixou”, disseram os colegas de classe da adolescente.
A irmã de Ana recebeu o embrulho com o bolo no último sábado (31) e a vítima passou mal cerca de uma hora depois de comer o doce. Ela foi levada a um hospital e diagnosticada com intoxicação, sendo levada de volta para casa após alta.
No domingo (1º), voltou a passar mal, com sintomas graves, e levada ao pronto-socorro. A adolescente chegou no hospital sem os sinais vitais e o relatório médico afirma que ela teve uma parada cardiorrespiratória cerca de 20 minutos antes de chegar ao local.
Uma adolescente de 17 anos foi identificada pela Polícia Civil como principal suspeita de enviar o bolo à vítima. Ela confessou a autoria do crime e sua apreensão foi solicitada pela corporação. O motivo do crime não foi revelado e exames toxicológicos vão apontar qual foi a substância utilizada no alimento.
