Ao determinar, nesta quarta-feira 4, a abertura de um novo inquérito contra Carla Zambelli (PL-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mandou o Banco Central informar em detalhes os valores e os remetentes de transferências via Pix para a deputada federal nos últimos 30 dias.
A bolsonarista fez uma “vaquinha” na internet após ser condenada pela Corte a dez anos de prisão no caso da invasão a um sistema do Conselho Nacional de Justiça.
Antes de fugir do Brasil, Zambelli afirmou ter arrecadado ao menos 285 mil reais na campanha de doação. O dinheiro supostamente serviria, segundo ela, “para o pagamento das multas injustas e completamente desproporcionais”.
O novo inquérito da PF avaliará a possível prática dos crimes de obstrução de Justiça e coação no curso do processo. Em maio, por 5 votos a 0, a Primeira Turma sentenciou a bolsonarista a dez anos de prisão e à perda do mandato.
Mais cedo nesta quarta, Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli e ordenou que a PF realizasse os procedimentos necessários para incluir a parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, “para viabilizar o competente pedido de extradição”. A solicitação chegou à organização horas depois.