O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo 21 que desistiu de disputar a reeleição, após semanas de uma intensa pressão.

“Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me retire e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, disse o democrata em uma carta publicada na rede X.

Ele também defendeu que a vice-presidente Kamala Haris seja a indicada do Partido Democrata para a disputa contra o republicano Donald Trump no pleito de novembro. “Democratas: é hora de nos unirmos e vencer Trump. Vamos fazê-lo.”

Nas últimas horas, líderes de diversos países reagiram à decisão de Biden. Confira algumas mensagens:

Rússia:

O Kremlin disse acompanhar “com atenção” a evolução dos acontecimentos. “As eleições são em quatro meses. É muito tempo, durante o qual muitas coisas podem mudar. Devemos estar atentos, acompanhar o que vai acontecer”, declarou o porta-voz Dmitri Peskov.

Ucrânia:

O presidente Volodymyr Zelensky agradeceu a Biden por tomar “medidas audaciosas” em apoio a Kiev. “A situação atual na Ucrânia e em toda a Europa não é menos difícil, e sinceramente esperamos que a liderança contínua dos Estados Unidos impeça que o mal russo triunfe ou que sua agressão dê frutos.”

Israel:

Em Jerusalém, o presidente Isaac Herzog agradeceu a Biden “por seu apoio inabalável ao povo israelense”. “Enquanto primeiro presidente americano a visitar Israel em tempos de guerra e enquanto verdadeiro aliado do povo judeu, ele é um símbolo do laço indefectível entre nossos povos”, afirmou.

Polônia:

O primeiro-ministro Donald Tusk saudou o presidente norte-americano. “O senhor tomou muitas decisões difíceis, graças às quais a Polônia, os Estados Unidos da América e o mundo estão mais seguros e a democracia, mais forte”, declarou. “Eu sei que o senhor foi movido pelas mesmas motivações ao anunciar sua decisão final. Provavelmente, a mais difícil de sua vida.”

Alemanha:

Em Berlim, o chanceler Olaf Scholz exaltou a decisão: “Meu amigo Joe Biden realizou muitas coisas: para seu país, para a Europa, para o mundo”.

Grã-Bretanha:

O primeiro-ministro Keir Starme disse “respeitar” a decisão do presidente norte-americano. “Eu sei que, como fez ao longo de sua carreira notável, tomou sua decisão em função daquilo que considera ser o melhor para o povo americano.”

França:

“Um grande presidente, um grande homem: Joe Biden escolheu o interesse de seu país. Impulsionador do progresso nos Estados Unidos e firme defensor da democracia e da estabilidade mundiais, conclui nesta noite sua obra política com coragem e sabedoria”, declarou a presidente da Assembleia Nacional, Yael Braun-Pivet.

Canadá:

“Eu conheço o presidente Biden há anos. É um grande homem, e tudo o que ele fez foi guiado pelo amor que tem ao seu país. Enquanto presidente, é um parceiro dos canadenses e um verdadeiro amigo”, escreveu o primeiro-ministro Justin Trudeau.

Austrália:

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, ressaltou a “liderança” de Biden e seu engajamento “a favor dos valores democráticos, da segurança internacional, da prosperidade econômica e da ação climática para as gerações atuais e futuras”.

(Com informações da AFP)

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Última Atualização: 21/07/2024