A diretora do Programa Alimentar Mundial da ONU Cindy McCain, negou no último domingo (25) acusações de que o Hamas rouba ajuda humanitária em Gaza, afirmando que civis agem por desespero. Em entrevista à rede norte-americana CBS, ela disse: “pessoas estão desesperadas e correm atrás de caminhões do Programa Alimentar Mundial. Não tem relação com Hamas ou crime organizado, é simplesmente porque estão morrendo de fome”. McCain pediu pressão internacional para abrir as passagens de Gaza.
Desde março de 2025, “Israel” intensificou o bloqueio, impedindo a entrada de 500 caminhões diários necessários, segundo a ONU. McCain destacou: “500 mil pessoas estão em insegurança alimentar extrema, à beira da fome”.
Um relatório da agência de notícias Reuters de 26 de maio informou que grupos ligados ao Hamas executaram quatro pessoas por roubar ajuda, após um ataque aéreo da ditadura sionista matar seis seguranças que protegiam caminhões. A ajuda entra por meio da Gaza Humanitarian Foundation, criticada por usar contratados privados.
McCain, viúva do senador John McCain, relatou: “já estive em um tumulto por comida, entendo o desespero”. A ONU estima que 90% da população de Gaza foi deslocada, e a fome afeta 1,1 milhão de pessoas, agravada pela ofensiva do enclave imperialista.