Durante a 29ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, realizada neste domingo (22), o governo Lula lançou a campanha nacional “O Brasil é de Todas as Cores”, iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

A ação simboliza um passo importante na ampliação de políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+ em todas as suas diversidades, com destaque especial para o envelhecimento dessa comunidade, tema central do evento em 2024.

Com o lema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, a Parada buscou ampliar a conscientização sobre questões como etarismo, solidão, redes de apoio fragilizadas e barreiras de acesso a direitos básicos.

Durante o ato, a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, reforçou que o envelhecimento digno ainda não é uma realidade universal no Brasil.

“Estamos aqui, seguindo na luta pela existência, pela vida e pelo direito de ser quem se é. Neste ano, o nosso Ministério está muito junto com a Parada, trazendo a pauta das políticas para a população LGBTQIA+, do direito à Memória, à Verdade e ao envelhecimento saudável. A gente sabe que, no Brasil, o direito de envelhecer ainda é seletivo”, declarou Macaé Evaristo.

A secretária nacional LGBT do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (PT), Janaína Oliveira, comemorou a mobilização do governo Lula.

“Que orgulho ver o Brasil, por meio do Governo Federal, reafirmar na 29ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ que o Brasil é de todas as cores e de todas as idades também. A campanha simboliza respeito, diversidade e compromisso com quem envelhece resistindo e construindo memória. Que esse gesto se traduza em políticas públicas reais para uma velhice LGBT+ mais digna, com menos solidão e mais direitos garantidos”, afirmou.

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Memória como ferramenta de resistência

A secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, também esteve presente no ato, ao lado do secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva. Para Symmy, é impossível pensar o futuro sem reconhecer o passado das pessoas que abriram caminhos.

“A ousadia de debater o envelhecimento LGBTQIA+ é fundamental. A nossa luta contra a violência também é luta pelo direito de envelhecer. O grupo de Memória e Verdade da Secretaria está recontando a nossa história a partir de nós mesmas. Temos muito orgulho de estar aqui e não viemos sozinhas: estamos com um bonde do Governo Federal”, afirmou.

Além de ressaltar o papel da memória coletiva, a campanha visa promover a inclusão das pessoas LGBTQIA+ nas políticas públicas, especialmente no mundo do trabalho, da educação e da saúde.

Entregas e ações em São Paulo

A semana que antecedeu a Parada foi marcada por uma série de iniciativas do MDHC em São Paulo, incluindo a participação em oficinas temáticas, na Feira da Diversidade Cultural LGBT+ e na Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Também foram entregues 150 computadores a 15 organizações LGBTQIA+ em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom).

“Queremos avançar na conscientização do mundo empresarial para acolher essa população no ambiente de trabalho. Por isso, trouxemos políticas que estamos efetivando desde o acolhimento até a empregabilidade e a educação”, ressaltou a ministra Macaé Evaristo.

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Edital

Durante a Parada, foi lançado o edital de adesão de empresas à Estratégia Nacional de Trabalho Digno, Educação e Geração de Renda dentro do projeto piloto do Programa Empodera+.

A campanha “O Brasil é de Todas as Cores” também se conecta com a mobilização da 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.

Disque 100

O governo Lula reforçou ainda a importância do Disque 100, canal de denúncia gratuito e sigiloso que funciona 24 horas por dia para receber casos de violação de direitos humanos.

O serviço atende também via chat, WhatsApp, videochamadas em Libras e Telegram, garantindo acessibilidade e proteção.

Com a campanha “O Brasil é de Todas as Cores”, o governo Lula sinaliza seu compromisso com uma sociedade mais justa, inclusiva e plural, onde todas as identidades sejam reconhecidas e respeitadas em sua dignidade, trajetória e direito de envelhecer.

Da Redação, com informações do MDHC

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Last Update: 23/06/2025