Em reunião ocorrida nessa segunda-feira (2), o Comitê Central Nacional (CCN) do Partido da Causa Operária (CCN) aprovou um novo plano para a sua atividade, diante da escalada repressiva do regime político contra o Partido e da situação internacional marcada pela intensificação da contra-ofensiva imperialista. No próximo período, o Partido buscará mobilizar sua militância, ampliar a influência política e reforçar o combate nas ruas com ação direta e sistemática.

Segundo apurado por nossa equipe, um núcleo de militantes será destacado para iniciar o trabalho de pressão direta sobre os parlamentares em Brasília contra a tentativa de cassação do registro do PCO. A proposta inclui também estender o trabalho às Assembleias Legislativas estaduais e, quando possível, às Câmaras Municipais. A campanha se desdobra não apenas como resposta à perseguição, mas como oportunidade de fortalecer a presença do Partido em todo o território nacional.

No mesmo espírito, foi discutida a necessidade de retomar uma campanha pública de filiação. De acordo com um dirigente, o chamado para filiar-se ao PCO é uma arma política na luta contra as perseguições. A campanha, mesmo modesta em seus primeiros passos, tem potencial para ampliar o alcance do partido e demonstrar a rejeição popular ao ataque político que sofre.

A luta contra o sionismo e a campanha por romper relações com o Estado sionista de “Israel” também foi definida como central neste momento. Foi aprovada a impressão de uma primeira leva de 100 mil cartazes e 500 mil adesivos, bem como uma grande quantidade de panfletos para distribuição nacional.

O material inclui os já consagrados cartazes do “Procurado”, com a foto do primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu, e o de “Romper Relações Já”, que vêm tendo impacto significativo nas ruas.

A imprensa revolucionária também foi abordada com destaque. A Direção do PCO aprovou a estreia da “Gazeta Operária”, jornal gratuito do PCO, com tiragem de 100 mil exemplares a cada 15 dias. Trata-se de um passo concreto dentro da reformulação do trabalho de comunicação do partido, que passa a incluir também a nova versão do jornal Causa Operária, que passará a ter 32 páginas. A receita da venda do novo jornal servirá para financiar a produção e distribuição da Gazeta, garantindo assim uma base mais sólida para o trabalho de agitação. “Esse momento é ideal para lançar o jornal gratuito. Ele vai reforçar nossa presença política nos locais de trabalho, nos bairros, nas escolas e nas ruas”, explicou um dirigente.

A situação internacional foi analisada com profundidade. A contra-ofensiva do imperialismo é real, mas marcada por contradições internas. O colapso da operação sionista em Gaza, a resistência do Hamas, a desmoralização crescente da política do imperialismo na Ucrânia e a crise dos regimes políticos europeus demonstram que não há força de sobra na ofensiva imperialista — pelo contrário, há sinais claros de impasse.

Entre os assuntos tratados na discussão política, esteve a campanha de difamação contra o Hamas. “Estão tentando isolar o Hamas da opinião pública internacional. Usam desde calúnias grosseiras até setores da esquerda pequeno-burguesa e dogmática para dizer que o Hamas é reacionário por ser religioso. É uma campanha sórdida”, declarou um dirigente a este Diário.

No plano nacional, a crise do PT e a desmoralização da esquerda institucionalista foram alvo de duras críticas. O partido reforçou sua política de lançar candidatura própria nas próximas eleições presidenciais, indicando como pré-candidato o presidente da agremiação, Rui Costa Pimenta.

Frente a esse cenário de aprofundamento da crise, tanto internacional quanto nacional, a Direção do PCO estabeleceu como tarefa mais imediata retomar, com toda a força, seu trabalho de agitação política nas ruas.

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Last Update: 03/06/2025