Bancos alertaram ministros do Supremo Tribunal Federal, presidido por Luiz Roberto Barroso (foto/reprodução internet), sobre os riscos da Lei Magnitsky, que pune corruptos e violadores de direitos humanos com bloqueio de bens e exclusão do sistema financeiro global. Não é ameaça distante: instituições ligadas aos EUA podem pagar multas bilionárias se mantiverem relações com sancionados. No Brasil, o governo acena com crédito via Fundo Garantidor de Exportações, mas o gerente bancário lembrará a regra básica: sem garantias sólidas, não há dinheiro. Enquanto China, Europa e Japão negociaram tarifas com Washington, Brasília preferiu o confronto ideológico. O resultado é que os empresários seguem sem clareza sobre custos e alíquotas, e o pacote de bilhões anunciado parece mais um palanque antecipado para 2026 do que política responsável.
Ilusão de segurança
Dirigentes de bancos públicos e privados chegaram ao ponto de sugerir a ministros do STF que transferissem salários e reservas para cooperativas de crédito, como se assim estivessem imunes aos efeitos da Lei Magnitsky. O conselho, quase anedótico, revela mais o clima de apreensão que o real alcance da medida. A lei americana não se limita a burocracias bancárias: bloqueia bens, corta o acesso ao sistema financeiro global e pune instituições que se arrisquem a manter relações com os sancionados. Nesse cenário, a fuga para cooperativas soa mais como ilusão de segurança do que solução concreta.