A ex-presidenta Dilma Rousseff anunciou que ficará por mais um mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o “Banco do Brics”. Ela assumiu a cadeira em março de 2023, e, originalmente, ficaria no cargo até julho deste ano.
No domingo 23, enquanto discursava no Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim, Dilma afirmou ter sido reconduzida ao cargo “por unanimidade” pelo conselho da instituição. Ela fez um balanço de sua gestão à frente do NDB, destacando avanços.
“Quando eu assumi, este banco não tomava empréstimos havia 16 meses. Agora estamos bem. Quando você não tem liquidez, você não investe. Ou seja, também não fazia empréstimos”, afirmou.
A ex-presidenta disse que o governo chinês tem interesse em tirar do papel o projeto da ferrovia transoceânica, prevista para ligar o porto do Açu, no Rio de Janeiro, à costa do Oceano Pacífico, no Peru. A estrutura ajudaria a escoar a produção agrícola brasileira para o mercado asiático.
“São parcerias de longo prazo, que não se concretizam assim, de uma hora para outra”, destacou. Perguntada se o projeto vai avançar nos próximos anos, foi taxativa: “com certeza”.
O Brics, atualmente, é composto por 11 países. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passaram a fazer parte do bloco a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia, os Emirados Árabes Unidos, o Irã e a Indonésia.