O Dia dos Namorados, celebrado nesta quinta (12) no Brasil, foi criado pelo publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Jr. A data vai na contramão do restante do mundo, que costuma ter uma comemoração do tipo no dia 14 de fevereiro, o famoso “Dia de São Valentim”.
No Brasil, a ideia surgiu em 1948 com o slogan “não é só com beijos que se prova amor”. 12 de junho foi a data escolhida por estar próxima ao dia do “santo casamenteiro”, Santo Antônio, celebrado no dia seguinte, 13, e a campanha ganhou força fora de São Paulo pouco depois de sua criação.
A celebração inventada com objetivos comerciais foi considerada a melhor pela Associação Paulista de Propaganda naquele ano. Em 1949, os demais estados passaram a aderir à comemoração e atualmente o Dia dos Namorados é o terceiro melhor período para lojistas do país, atrás somente de Natal e Dia das Mães.
Na época, João Doria, dono da agência Standart Propaganda, foi contratado pela loja de departamentos Clipper para impulsionar as vendas de junho, mês que era considerado fraco pelos lojistas. Um dos slogans da campanha criada na ocasião era “Não se esqueçam: amor com amor se paga”.
Atualmente, as vendas no Dia dos Namorados fazem o mês de junho ser um sucesso de vendas. Em 2025, por exemplo, 93 milhões de brasileiros devem comprar presentes e movimentar mais de R$ 22 bilhões no comércio, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
É comum, por exemplo, que bares, restaurantes, floriculturas e motéis tenham um crescimento de clientes no país no dia 12, com muitos estabelecimentos oferecendo descontos.
A expectativa, segundo a CNDL, é que 59% dos brasileiros presenteiem parceiros na data e gastem, em média, R$ 238 com itens como cosméticos, roupas e calçados, os produtos mais procurados.
