Contra onda de femicídios, governo lançou campanha na Sapucaí neste Carnaval. Foto: Ascom/MMulheres

Os números divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) revelam que, entre 2020 e 2024, mais de 7 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em todo o país. Em 2024, houve um acréscimo de 7,6% em relação a 2023, totalizando 1.459 mortes – o índice mais alto dos últimos cinco anos.

Os dados mostram que aproximadamente quatro mulheres perdem a vida por dia em decorrência desse tipo de violência. Mesmo com uma leve redução em 2023, quando foram registradas 1.448 vítimas, as estatísticas de 2024 chamam atenção pelo recorde alcançado. “É notório o aumento dos casos de violência contra a mulher”, afirma Rosana de Sant’Ana Pierucetti, advogada e presidente da ONG Recomeçar, que presta acolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade.

Segundo o levantamento, Mato Grosso lidera o ranking de feminicídios em 2024, com 1,23 morte a cada 100 mil habitantes, seguido por Mato Grosso do Sul (1,21) e Piauí (1,18). Já o estado do Amazonas apresentou o maior crescimento no período, passando de 0,39 para 0,70 morte por 100 mil habitantes.

As ONGs têm desempenhado um papel fundamental ao oferecer auxílio psicológico, jurídico e até mesmo abrigo para mulheres que correm risco de morte. “Muitas vezes nem a família acredita na gravidade das agressões, e isso pode evoluir para agressões mais graves ou até mesmo um feminicídio”, adverte Pierucetti, enfatizando a necessidade de atenção aos sinais de violência.

Ato realizado na Zona Sul de SP neste Dia Internacional da Mulher. Foto: Reprodução/TV Globo

Além da importância de redes de apoio, iniciativas governamentais também se mostram urgentes. Em caso de emergência, a orientação é acionar a Polícia Militar pelo 190 ou entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, pelo disque 180 ou via WhatsApp no número (61) 9610-0180. O serviço funciona 24 horas e presta orientações jurídicas e sobre os serviços de proteção disponíveis.

Para especialistas, a conscientização sobre o feminicídio e a rápida resposta das autoridades podem fazer a diferença entre a vida e a morte. As mortes de milhares de brasileiras ao longo desses cinco anos reforçam o chamado para que a sociedade dê mais atenção à prevenção e ao combate desse tipo de crime. As informações são do jornal Metrópoles.

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Last Update: 08/03/2025