O presidente Lula tem até esta quarta-feira, 18, para sancionar ou vetar o projeto que cria o Dia da Amizade Brasil-Israel. A ironia é que a decisão vem no pior momento das relações bilaterais. O presidente virou persona non grata em Israel após comparar os ataques à Faixa de Gaza ao Holocausto. Segundo Lula, “o que está acontecendo em Gaza só se viu quando Hitler resolveu matar os judeus”. A resposta veio à altura, com o chanceler israelense classificando a fala como antissemita. A tensão diplomática escancara o desgaste político entre Lula e Benjamin Netanyahu (foto/reprodução internet) em meio a uma guerra que já matou 55 mil palestinos e 1.139 israelenses. Instituir um “dia da amizade” enquanto as embaixadas trocam farpas e corpos ainda são enterrados beira o cinismo ou o improviso, ou ambos.
