Os professores da rede pública do Distrito Federal iniciaram a greve no último dia 2 pelo reajuste de 19,8% e reestruturação da carreira com o objetivo de aumentar o salário base da categoria.

Cobra-se, também, ao governador Ibaneis Rocha (MDB) o cumprimento da meta 17, uma das 21 metas elencadas no Plano Distrital de Educação (PDE), sancionado em julho de 2015, que prevê a valorização das e dos profissionais da rede pública de educação, na ativa, aposentadas e aposentados, por meio da equiparação de seus salários à média da remuneração das demais carreiras de servidoras e servidores públicos do DF com nível superior. O texto do PDE estabeleceu um prazo de quatro anos para que essa equiparação fosse efetivada, o que ainda não aconteceu.

Intransigência

O governador encerrou o processo de negociação sem atender às demandas apresentadas pelos professores. A saída foi ir à greve.

Para impedir a paralisação, o governador recorreu à Justiça, decidiu aplicar multa de R$ 1 milhão por dia de greve, além do corte de ponto de quem aderir ao movimento paredista. Mas a greve segue firme e forte. No segundo dia de paralisação, os professores ocuparam a Secretaria de Educação.

O governo de Ibaneis é marcado pela truculência contra o movimento sindical e pelo descaso com a educação. Hoje, investe-se menos do que o piso constitucional da educação. Em função disso, no início deste ano, teve uma enorme crise nas escolas, porque muitos estudantes ficaram sem vagas ou foram alocados em escolas em outras cidades satélites“, destaca o professor Robson Raymundo, do Coletivo Reviravolta na Educação e militante do PSTU.

A greve é uma resposta às condições cada vez mais precárias das escolas, da situação dos contratos temporários, que são mais de metade da categoria e não têm plano de carreira, gratificação e nenhuma estabilidade. Enquanto a educação pública sofre com a falta de verbas, Ibaneis vai garantir R$ 9 bilhões de isenção fiscal aos grandes empresários“, finaliza Robson.

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Last Update: 05/06/2025