Pelo menos 48 das pessoas que foram detidas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro vão concorrer às eleições municipais deste ano, de acordo com um levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo.
São dois candidatos a prefeito, um a vice-prefeito e 45 que concorrem a vagas de vereador, espalhados por 44 cidades brasileiras.
Desse total, 14 incorporaram o adjetivo “defensor da pátria” ao nome de candidato. Um deles foi além e terá a expressão “defensor da pátria preso” na urna eletrônica.
Parte dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro envolvidos no quebra-quebra podem se candidatar por ainda não terem sido julgados nem condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Outros assinaram acordos com o Supremo para encerrar os processos. Alguns dos candidatos usam tornozeleiras eletrônicas.
Os partidos escolhidos pelos investigados estão na órbita do ex-presidente Jair Bolsonaro: PL, Mobiliza (antigo PMN), Democracia Cristã, PP e Novo. Foram justamente apoiadores do ex-capitão, que se recusavam a aceitar a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022, os responsáveis pela depredação na capital federal.
Com nove candidaturas, São Paulo é o estado que terá mais candidatos entre os presos do 8 de Janeiro.