A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (13), 11 mandados de busca e apreensão de suspeitos de desvio de emendas parlamentares destinadas a um hospital de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Foram apreendidos R$ 250 mil e dois celulares. Se comprovada as participações dos investigados, eles responderão por desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, que autorizou a ação, determinou ainda o bloqueio de bens e afastamento da função pública de alguns dos investigados de participação na Operação EmendaFest.
De acordo com as investigações, o Hospital Ana Nery recebeu R$ 1,07 milhão em três emendas do gabinete de Afonso Motta (PDT-RS) em 2023 e 2024, porém mais de R$ 500 mil foram desviados para pagamento de propina envolvendo o chefe de gabinete do parlamentar, Lino Rogério.
O relatório da PF levantou conversas de WhatsApp em que o chefe de gabinete negociou com o lobista Cliver Fiengenbaum o pagamento de 6% sobre as emendas parlamentares, pelo serviço de captação de verbas públicas.
Além do lobista e de Rogério, o esquema contou ainda com o envolvimento de funcionários do hospital, que atuaram para dar aspecto legal a notas fiscais fraudulentas. A PF identificou três pagamentos ilegais, no valor total de R$ 509,4 mil.
O gabinete do deputado Afonso Motta negou, em nota, o envolvimento do parlamentar no esquema.
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