Em oito meses (agosto de 2024 a abril de 2025), foi registrada queda de 75% na taxa de desmatamento no Pantanal, comparado com o mesmo período, entre 2023 e 2024. Dados levantados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados quinta-feira (8 de maio), revelam que em abril último não houve nenhuma área de incêndio na região.
Também no Cerrado houve redução de 25% no desmatamento na região, no período entre agosto de 2024 e abril de 2025. Na Amazônia, a queda registrada foi de 5% no mesmo intervalo de tempo. Esses três índices representam os melhores resultados no controle de áreas desmatadas, na região, desde 2016.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, explica que “no acumulado desses primeiros meses temos uma queda do desmatamento, ainda que pequena, mas queremos fazer os ajustes necessários nas ações, de forma transparente e comprometida, para avançarmos ainda mais e, assim, garantir uma queda constante e estruturada do desmatamento”.
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Em coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto, Marina destacou que: “fizemos questão de vir aqui para fazer o devido ajuste e colocar para a sociedade o quanto o governo está comprometido, a partir da articulação de 19 ministérios com as medidas necessárias, que estão sendo debatidas na Casa Civil, para que sigamos levando o desmatamento para baixo e cheguemos ao desmatamento zero, em 2030”.
Desmatamento entre 2019 e 2022
Compromisso de campanha do presidente Lula, em razão do desastre que foi a gestão Bolsonaro (2019-2022), o governo atual determinou medidas para garantir a queda nos índices de desmatamentos na Amazônia.
Dados do site Infoamazônia revelam que desde 2019, foram recordes as taxas oficiais de desmatamento na floresta. Nesse período, a alta chegou a 73%, na comparação entre 2018 e 2021. A evolução registrada é de 7,5 mil Km², em 2018, que subiu para 10,1 mil Km², em 2019, depois, no ano seguinte, saltou para 10,9 Km² e, por fim, em 2021, chegou a 13 mil Km² a área desmatada.
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Diferente daquele nefasto período do negacionismo, em coletiva de imprensa, o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental, Territorial do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, informou a aprovação dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas na Mata Atlântica e no Pampa, pela Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento.
Com isso, segundo André Lima, o Brasil tem, pela primeira vez, um plano de prevenção e controle dos desmatamentos para todos os biomas. “São planos que se somam aos já existentes para a Amazônia, Cerrado, Caatinga e Pantanal”, destacou o secretário.
Da Redação