Carros policiais durante ataque em Douradina (MS). Foto: Divulgação

Novos ataques à área retomada dos povos Guarani e Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, foram registrados na noite de domingo (4). De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os ataques ocorreram após perfis ruralistas nas redes sociais divulgarem notícias falsas sobre invasões de fazendas em Douradina (MS).

Os povos indígenas estão lutando para se manter em sete áreas retomadas dentro dos limites da Terra Indígena Lagoa Panambi. No sábado (3), já haviam ocorrido ataques às comunidades dentro do território delimitado em 2011 pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

Segundo o Cimi, os ataques começaram entre 18h e 19h na área retomada de Yvy Ajere. “Sequer a presença de órgãos de governo intimidou os criminosos”, declarou a entidade em nota oficial. Pelo menos um indígena foi ferido com disparos de balas de borracha.

A Força Nacional está no local, mas, conforme observadores externos e os próprios indígenas, os agentes se mantiveram atrás da linha de ataque dos jagunços sem esboçar qualquer reação para impedir as agressões aos indígenas.

Os oficiais relatou que agiu contra uma nova tentativa de ataque nesta segunda-feira (5), conforme relatos recebidos pelo Cimi. No domingo, a Força Nacional esteve na área com seis viaturas e 18 agentes pela manhã, informando que “a região continua sem ocorrências”. No entanto, horas depois, os ataques foram registrados.

Força Nacional em MS. Foto: Divulgação

No sábado, o Ministério da Justiça informou que a Força Nacional estava “com todo o efetivo em Mato Grosso do Sul”, mas que o ataque “ocorreu no início da tarde, no momento em que a FN fazia o patrulhamento em outra área da mesma região”.

Uma delegação dos Guarani e Kaiowá está chegando a Brasília para se reunir com a Defensoria Pública da União (DPU) e, em seguida, deve ter audiência com a Secretaria da Presidência.

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), há uma escalada de violência e ataques às comunidades indígenas, e o caso está sendo acompanhado de perto pelo governo. A equipe do ministério que está no local está empenhada em resgatar os feridos e cessar as violências.

O coordenador-geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas chegou ao estado de Mato Grosso do Sul neste domingo. Também há uma equipe coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas na resposta do governo federal aos ataques.

O MDHC segue em tratativas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para aprimorar o emprego da Força Nacional de Segurança Pública no controle de conflitos, proteção e defesa da vida das pessoas atingidas e respeito aos direitos humanos dos povos indígenas.

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Última Atualização: 05/08/2024