Com o aumento das ofensivas iranianas sobre os territórios palestinos ocupados, revelações do jornal israelense Haaretz nesta segunda-feira (16) indicam que a população sionista, especialmente setores mais abastados, está buscando rotas alternativas para abandonar a região. A via escolhida por muitos tem sido a marítima: iates estão partindo das marinas de Herzliya, Haifa e Ascalão em direção ao Chipre, servindo como ponto de fuga diante da crescente insegurança interna provocada pela operação Promessa Verdadeira 3, levada a cabo pelas forças armadas iranianas.

Segundo a reportagem, com os aeroportos parcialmente paralisados e o tráfego aéreo internacional severamente limitado, formou-se uma rede informal de transporte náutico que vem sendo utilizada por colonos em busca de refúgio fora da Palestina ocupada. Os embarques ocorrem “de forma clandestina, sem qualquer fiscalização, e a um custo de milhares de dólares”. A marina de Herzliya teria se transformado, segundo o jornal, em um verdadeiro “terminal de partidas”, onde iates partem com até dez passageiros por viagem.

A movimentação, embora silenciosa, é significativa. A Autoridade de População e Imigração do regime sionista afirmou ao Haaretz não ter condições de mensurar a quantidade de saídas por essa via. Um capitão entrevistado explicou: “é uma questão de oferta e demanda — se alguém quiser pagar, paga”. Um colono relatou ter desembolsado 2.500 shekels (cerca de US$670) por pessoa; outro, 6.000 shekels (mais de US$1.600). Em alguns casos, grupos inteiros de famílias estariam organizando sua fuga coletiva, sem informar parentes ou amigos por medo de represálias ou boicotes.

O fenômeno ganhou força logo após o pronunciamento oficial das Forças Armadas do Irã, no domingo (15), que alertaram que as áreas ocupadas “certamente se tornarão inabitáveis em breve” e que os abrigos e abrigos utilizados por colonos “não oferecerão segurança”. O aviso categórico foi acompanhado de uma crítica direta ao governo de Benjamin Netaniahu, acusado de colocar a vida dos colonos em risco para proteger seus próprios interesses políticos, usando-os como “escudos humanos”.

A nota iraniana também afirma que a próxima fase da operação Promessa Verdadeira 3 será “ampla e devastadora”, atingindo “todos os pontos vitais dentro dos territórios ocupados”, e que Teerã possui um banco completo de alvos, incluindo “locais sensíveis em profundidade”.

A declaração indica que a atual escalada não é um episódio isolado, mas parte de uma estratégia militar contínua contra o regime sionista. Diante da ameaça de um contra-ataque total, a elite sionista começa a abandonar o navio — literalmente.

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Last Update: 17/06/2025