O retrato de um Vietnã desolado
por Luís Carlos
[Resenha OPEU]Há 45 anos, em 1979, foi lançado o filme “Apocalypse Now”, do diretor Francis Ford Coppola. A obra tem como enredo a Guerra do Vietnã (1955-1975), primeiro conflito do qual os Estados Unidos saíram derrotados. O filme recebeu diversos prêmios, como o Oscar de Melhor Fotografia e Som e a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Diante da importância não apenas do filme, mas da história nele contada, o objetivo desta resenha é destacar alguns aspectos relevantes do contexto histórico em que se passa a narrativa – a Guerra Fria – e os conflitos presentes na política internacional e externa dos EUA.
Com o encerramento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a longeva ordem multipolar europeia colapsou, abrindo caminho para o surgimento de um novo sistema internacional de natureza bipolar. Esse contexto geopolítico, conhecido como Guerra Fria, foi caracterizado pela acirrada disputa ideológica, militar, econômica e tecnológica entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco socialista, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Embora um confronto direto entre as duas grandes potências tenha sido evitado por conta da ameaça de destruição mútua assegurada pelas armas nucleares, houve inúmeros pontos de tensão pelo mundo – notadamente no chamado Terceiro Mundo –, nos quais os dois países se enfrentaram de maneira indireta.
Nesse sentido, a Guerra do Vietnã (1955-1975) emerge como um importante acontecimento desse período histórico, uma vez que contou com a participação direta e maciça de tropas dos EUA e impactou profundamente a sociedade e as políticas do país líder do bloco capitalista. As enormes baixas decorrentes desse conflito, juntamente com os inúmeros crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos, desencadearam uma poderosa onda de protestos sociopolíticos em solo americano.
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