Na tarde da última sexta-feira, 9 de agosto, um avião da companhia Voepass caiu enquanto realizava um voo entre Cascavel, no Paraná, e o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A tragédia ocorreu em um condomínio residencial em Vinhedo, no interior paulista, e resultou na morte de todos os 62 ocupantes da aeronave, incluindo 58 passageiros e 4 tripulantes.

O voo era operado por uma aeronave modelo ATR 72-500, que havia decolado às 11h50 com previsão de pouso às 13h45, segundo informações do FlightAware. No entanto, a aeronave caiu aproximadamente 20 minutos antes do horário previsto de aterrissagem, após despencar quase 4 mil metros em apenas dois minutos. Vídeos gravados por moradores da região capturaram o momento em que o avião perdeu altitude e caiu.

O Cenipa informou que a aeronave estava com toda a documentação em dia e estava autorizada a voar. Além disso, o órgão destacou que os pilotos eram devidamente treinados e qualificados para operar o ATR 72-500.

A Voepass confirmou que o avião havia passado por manutenção de rotina na noite anterior à queda, em sua base em Ribeirão Preto (SP).

As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas uma das hipóteses levantadas por especialistas envolve um possível acúmulo de gelo na fuselagem, o que poderia ter provocado a perda de sustentação. Por seguir métodos científicos, a investigação pode demorar anos.

Outros pilotos que sobrevoaram a região relataram uma “formação severa de gelo”, embora o ATR 72-500 seja tecnicamente equipado para lidar com condições meteorológicas adversas.

O chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirmou que, até o momento, não há indícios de que os pilotos tenham feito contato com a torre de controle antes da queda.

Essa declaração contraria rumores que circulam nas redes sociais, sugerindo que o comandante teria solicitado permissão para pousar em um aeroporto alternativo entre Cascavel e Guarulhos, mas não teria recebido autorização.

A aeronave estava equipada com duas caixas-pretas, encontradas ainda na tarde de sexta-feira e enviadas ao laboratório do Cenipa para extração de dados na manhã de sábado. Contudo, devido ao impacto, existe a possibilidade de que os registros não sejam recuperáveis.

Até o momento, não há prazo definido para a conclusão da análise dos dados ou das investigações sobre o acidente.

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Última Atualização: 11/08/2024