Segundo PNAD Contínua, índice recua em 18 das 27 unidades da federação e renda média atinge R$ 3.477; país caminha para o pleno emprego

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, menor nível desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. A informação é do IBGE, que divulgou nesta sexta-feira (15) a nova rodada da pesquisa, confirmando o dado divulgado no final de julho. Em 18 das 27 unidades da federação, houve recuo do índice. Nas demais, o cenário permaneceu estável.

“O mercado de trabalho continua forte. Houve redução da taxa de desocupação em todas as regiões do país”, avaliou William Kratochwill, analista da pesquisa. Segundo ele, a melhora não é apenas numérica, mas reflete um ambiente que tem conseguido absorver até os trabalhadores historicamente excluídos do sistema produtivo.

O levantamento mostra que há menos brasileiros em busca de emprego em todas as faixas analisadas. Um dado que merece destaque é o recuo de 23,6% no contingente de pessoas que procuravam trabalho há dois anos ou mais. Hoje, 1,3 milhão ainda se encontram nessa situação. Apesar de ainda ser um número elevado, é o menor registrado para um segundo trimestre desde o início da série.

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, divulgou o histórico resultado em suas redes sociais. “Segue a série ‘nem precisa de legenda’”, escreveu.

Recordes na ocupação e na renda

Segundo a PNAD Contínua, o número de ocupados aumentou em 1,8 milhão no trimestre, dos quais 318 mil (17,6%) informais. A taxa nacional de informalidade recuou para 37,8%, contra 38% no trimestre anterior e 38,7% no mesmo período do ano passado. Segundo Kratochwill, essa redução reflete o bom desempenho do emprego no país. “O mercado de trabalho forte proporciona mais ocupação aos trabalhadores, formal e informalmente”, afirmou.

Outro ponto de destaque é o crescimento do rendimento médio real habitual, que chegou a R$ 3.477. Trata-se de um avanço tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 3.440) quanto a 2024 (R$ 3.367). O Sudeste puxou a alta, com rendimento médio de R$ 3.914 e crescimento de 1,8%. No Sul, o ganho médio chegou a R$ 3.880, com alta de 5,4% na comparação anual.

A massa de rendimento real também aumentou e atingiu R$ 351,2 bilhões, novo recorde da série histórica. A maior parte desse montante está concentrada no Sudeste (R$ 177,8 bilhões), confirmando o peso da região mais rica do país no total da renda gerada.

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Pontos de atenção

Repleto de dados positivos, o retrato completo do mercado de trabalho brasileiro ainda traz pontos que precisam ser combatidos. O desemprego entre as mulheres (6,9%) continua superior ao dos homens (4,8%). Por cor ou raça, os brancos apresentaram uma taxa de desocupação abaixo da média nacional (4,8%), enquanto pretos (7,0%) e pardos (6,4%) seguem mais vulneráveis à falta de trabalho. O nível de instrução também pesa: quem tem ensino médio incompleto enfrenta taxa de 9,4%, contra 3,2% entre os que concluíram o ensino superior.

No recorte regional, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) registram as maiores taxas de desocupação. Na outra ponta, Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) lideram o ranking dos estados com menores índices de desemprego.

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Em busca do pleno emprego

O cenário revelado pela PNAD Contínua revela uma trajetória de recuperação ampla e consistente. A reponderação da série histórica com base no Censo 2022 trouxe mais precisão às estimativas e ajudou a dimensionar com mais clareza os avanços e os desafios do mercado de trabalho brasileiro.

Agora é hora de o governo seguir no trabalho sério e consistente que vem sendo feito, para continuar reduzindo os contrastes regionais e estruturais em busca do pleno emprego.

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Da Redação da Agência PT

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Last Update: 15/08/2025