A taxa de desocupação, que monitora o desemprego no Brasil, caiu para 7,1% no trimestre encerrado no mês de maio. O dado consta na Pnad Contínua, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira.
Esse é o menor índice para um trimestre encerrado em maio desde 2014. Na comparação com o período anterior, o recuo é de 0,7 ponto percentual. Já quando colocado frente ao mesmo trimestre do ano passado, a taxa é 1,2 ponto percentual menor. Naquele período do ano, o grupo de desocupados chegava a 8,3%.
“A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Assim, esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015“, detalha o IBGE, em nota.
Outro dado positivo em destaque na pesquisa desta sexta-feira é o volume recorde da população de ocupados: 101,3 milhões de trabalhadores empregados. Esse é o maior número registrado pelo instituto desde o início do monitoramento, em 2012.
O resultado é 1,1% maior do que quando comparado ao trimestre anterior e 3% na comparação com o mesmo período de 2023. Em números de pessoas, o grupo tem 1,1 milhão de trabalhadores a mais do que no trimestre passado e supera em 2,9 milhões a população ocupada no trimestre encerrado em maio do ano anterior.
“Os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,0 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,8 milhões”, diz a nota do instituto sobre a pesquisa.
Aumento da renda
O IBGE também registrou, nesta sexta-feira, um aumento de 5,6% na renda média do trabalhador brasileiro na comparação com os dados de 2023. De acordo com o instituto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de 3.181 reais. O valor não variou significativamente na comparação com o trimestre anterior.
“Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano”, destaca o IBGE.
Indicador/Período | Mar-abr-maio 2024 | Dez-jan-fev 2024 | Mar-abr-maio 2023 |
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Taxa de desocupação | 7,1% | 7,8% | 8,3% |
Taxa de subutilização | 16,8% | 17,8% | 18,2% |
Rendimento real habitual | R$ 3.181 | R$ 3.150 | R$ 3.013 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | Estável (1,0%) | 5,6% |
Outros índices
- Taxa composta de subutilização: 16,8%
- População subutilizada: 19,4 milhões de pessoas
- População subocupada por insuficiência de horas trabalhadas: 5,2 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
- População desalentada: 3,3 milhões
- Percentual de desalentados na força de trabalho: 3,0%
- Empregados com carteira de trabalho no setor privado: 38,326 milhões
- Empregados sem carteira no setor privado: 13,7 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões de pessoas
- Empregadores: 4,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões de pessoas
- Empregados no setor público: 12,5 milhões
- Taxa de informalidade: 38,6% ou 39,1 milhões de trabalhadores informais