A taxa de desocupação no Brasil, usada para monitorar o desemprego, caiu para 5,8% no trimestre de abril a junho de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira 31 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O índice representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,0%) e recuo de 1,1 ponto na comparação com o mesmo período de 2024 (6,9%). Trata-se também do menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

O levantamento, realizado pela PNAD Contínua Mensal, também apontou recordes em outros indicadores do mercado de trabalho. A taxa de participação na força de trabalho alcançou 62,4%, enquanto o nível de ocupação chegou a 58,8%. Já o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, o maior já registrado.

Outro destaque foi a queda no número de desalentados — ou seja, de pessoas que desistiram de procurar emprego — com redução de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio e de 14% na comparação anual. Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, o avanço da ocupação foi determinante para os resultados.

“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, afirmou.

Outros dados

O contingente de desocupados somou 6,3 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 17,4% (menos 1,3 milhão) em relação ao trimestre de janeiro a março e recuo de 15,4% frente ao mesmo período de 2024, quando havia 7,4 milhões de brasileiros sem trabalho. A taxa composta de subutilização da força de trabalho também registrou queda, chegando a 14,4%.

A informalidade recuou levemente, atingindo 37,8% da população ocupada, o que equivale a 38,7 milhões de trabalhadores. O índice foi inferior ao do trimestre anterior (38,0%) e ao do mesmo trimestre de 2024 (38,7%). O resultado reflete, em parte, o aumento de 0,9% no número de empregados com carteira assinada, que alcançou novo recorde histórico.

No campo da renda, os resultados também foram positivos. O rendimento médio real habitual chegou a 3.477 reais, o maior da série, com alta de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimentos atingiu 351,2 bilhões de reais, outro recorde, após crescer 2,9% em relação aos três meses anteriores e 5,9% em relação a 2024.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 31/07/2025