Se a decisão sobre seu sucessor na corrida presidencial fosse tomada hoje, Jair Bolsonaro optaria por apoiar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Essa é a avaliação predominante entre dirigentes do PL e líderes do Centrão próximos ao ex-presidente. Com informações de Bela Megale, em O Globo.
Na visão desse grupo, dois elementos pesam de forma determinante para que Michelle ganhe vantagem sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O primeiro é a reaproximação entre ela e o vereador Carlos Bolsonaro, que passou a fazer declarações elogiosas à madrasta após a mais recente cirurgia de Jair Bolsonaro, ocorrida no mês passado.
O segundo ponto é a crescente desconfiança de Bolsonaro e seus filhos em relação a Tarcísio. Eles consideram que o governador tem sido distante e que faltam atitudes claras de apoio à família. Entre as cobranças, está a expectativa de que ele interceda junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa do ex-presidente, que responde por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado. Também há críticas pela resistência de Tarcísio em atender pedidos de nomeações e outras demandas feitas pelo clã Bolsonaro em relação ao governo paulista.
Diante desse cenário, uma composição com Michelle Bolsonaro como candidata à Presidência e o senador Rogério Marinho como vice vem ganhando força junto ao ex-presidente. A formação seria considerada uma chapa “puro sangue”, já que ambos são filiados ao PL. Como já revelado, há um esforço de aliados e assessores de Bolsonaro para consolidar o nome de Marinho nessa possível aliança.
Ainda assim, líderes do Centrão apontam que esse caminho pode dificultar alianças com partidos de centro-direita, que seriam essenciais para garantir competitividade na eleição. A federação entre PP e União Brasil, por exemplo, trabalha para reivindicar a vaga de vice na chapa apoiada por Bolsonaro.
Apesar das movimentações de bastidores, Bolsonaro continua, em declarações públicas, afirmando que ele próprio será o candidato, mesmo estando atualmente inelegível.
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