Abraham Rabin foi um general e político israelense que atuou como embaixador nos EUA de 1968 a 1973, sendo o quinto primeiro-ministro de “Israel”. Ele cumpriu dois mandatos, de 1974 a 1977, e de 1992 a 1995, quando foi assassinado por um sionista contrário aos termos pactuados nos Acordos de Oslo.

Na maior parte da década de 80, Rabin esteve a frente do ministério da Defesa de “Israel”, estando investido desse posto durante a Primeira Intifada. Em 1994, os Acordos de Oslo, além de sofrimento ao povo palestino, renderam um prêmio Nobel da Paz a Rabin.

Em 1936, ele teve seu primeiro treinamento militar ao ingressar com 14 anos na Haganá, sendo formado posteriormente pelo sargento, Yitzhak Allon, que se tornaria general do exército sionista. Em 1939, ele serviu como policial militar no Kibbutz Ginosar.

A Haganá foi a principal organização paramilitar da população sionista no Mandato Britânico da Palestina entre 1920 e 1948. Essa organização foi o núcleo que criou as Forças de Defesa de “Israel” (FDI).

No ano de 1941, Rabin ingressou na Palmach do Haganah, no ano de 1945 ele planejou uma incursão no campo de detenção de Atlit, chegando a ser detido foi libertado, e tornou-se o comandante do segundo batalhão do Palmach, com posterior ascensão ao cargo de Diretor de Operações do Palmach em outubro de 1947.

Na Guerra árabe-israelense de 1948, Rabin dirigiu as operações israelenses em Jerusalém. Posteriormente ele assumiu o vice-comando da Operação Dani, maior em escala até então, que capturou as cidades Lida e Ramleh, sendo o responsável pela limpeza étnica desses locais.

Nesse episódio, entre 9 a 13 de julho de 1948, uma população de 70 mil palestinos foram forçados a fugir de suas residências. Enquanto as mesmas eram pilhadas pelas forças sionistas, os palestinos em êxodo enfrentaram um grande deslocamento, agravado pela desidratação e a violência desenfreadas.

O Livro The Arab-Israeli Dilemma afirma: “talvez 30.000 pessoas ou mais, quase inteiramente mulheres e crianças, roubaram o que podiam e fugiram de suas casas pelos campos abertos (…) Era um dia escaldante em julho nas planícies costeiras – a temperatura cerca de 40 graus na sombra. Foram 10 milhas através de um país montanhoso aberto, grande parte arado, parte dele em pousio pedregoso coberto de arbustos de espinhos, até a aldeia árabe mais próxima de Beit Sira. Ninguém nunca saberá quantas crianças morreram” (Khouri, The Arab-Israeli Dilemma, p. 433, citado por Neff).

Posteriormente Rabin se filiou ao Partido Trabalhista (Ha-Avoda), que apesar de se identificar como social-democrata de centro-esquerda e ter participado da Internacional Socialista, é abertamente sionista. O trabalhismo dominou a política israelense da fundação em 1948 até 1977, perdendo espaço para a extrema direita.

A política trabalhista foi a responsável pela repressão ao levante árabe. Sob a direção de Rabin foi instituída uma política de força, poder e espancamentos contra os manifestantes árabes. Sua política ficou conhecida internacionalmente como “quebra ossos”.

Na questão econômica, o traço marcante foi o frenesi de privatizações. O programa “Yozma”, oferecia condições de entregar dos recursos públicos, principalmente mediante incentivos fiscais, aos capitalistas estrangeiros, prometendo até o dobro de qualquer investimento com subsídios governamentais.

Rabin foi assassinado na noite do dia 4 de novembro de 1995, por Yitzhak Amir, um militante do Likude contraio à assinatura dos Acordos de Oslo. O atentado ocorreu durante uma grande manifestação na Praça dos Reis de “Israel” (agora Praça Rabin) em Tel Aviv.

Ao descer os degraus da prefeitura em direção ao veículo que lhe aguardava, Rabin foi alvejado com dois tiros que perfuraram seus pulmões, falecendo na sala de cirurgia do Hospital Ichilov. O assassinato o tornou uma figura famosa, mas ele, como todos os primeiros-ministros sionistas, era um genocida sionista.

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Última Atualização: 31/07/2024