Desastre no mar: detalhes sobre o naufrágio do iate do bilionário

O superiate Bayesian, que afundou na Itália. Foto: reprodução

Após o naufrágio do Bayesian, o CEO da fabricante do superiate de luxo, Giovanni Costantino, defendeu a segurança da embarcação que afundou na costa da Sicília, na Itália, causando a morte de seis pessoas e deixando uma ainda desaparecida. O acidente, que envolveu nomes de destaque como o empresário de tecnologia Mike Lynch e Jonathan Bloomer, presidente do conselho de administração do Morgan Stanley Internacional, levantou questionamentos sobre as circunstâncias que levaram ao naufrágio.

Em entrevista ao Financial Times, Costantino, que lidera o The Italian Sea Group, dono da Perini Navi, responsável pela construção do Bayesian, afirmou que o superiate “foi projetado para ser absolutamente estável e carregar o segundo maior mastro do mundo”.

Segundo Costantino, houve um intervalo de 16 minutos entre o momento em que o barco começou a arrastar sua âncora até finalmente afundar, tempo que, na visão do CEO, seria suficiente para a tripulação realizar procedimentos de salvamento.

Ele sugeriu que o afundamento ocorreu devido à entrada de água na embarcação, possivelmente por falhas operacionais, levantando a hipótese de que escotilhas abertas acima da linha d’água podem ter causado a inundação. “Ele deveria ter trancado tudo, reunido todos os passageiros no ponto seguro. Isso é protocolo”, disse o CEO. “Jesus Cristo! O casco está intacto. A água entrou por escotilhas deixadas abertas. Não há outra explicação possível”, lamentou.

O acidente, que ocorreu em meio a uma tempestade, está sendo investigado por autoridades italianas e britânicas. Até o momento, não foi esclarecido se alguma escotilha estava aberta ou se a tripulação tentou manobrar a embarcação para evitar o pior.

A Guarda Costeira da Itália informou que o casco do iate, registrado no Reino Unido e construído em 2008, estava intacto, com a embarcação repousando de lado a estibordo a cerca de 50 metros de profundidade.

James Cutfield, capitão do Bayesian, não se pronunciou oficialmente após o naufrágio, mas seu irmão afirmou ao New Zealand Herald que Cutfield é “um marinheiro muito bom” e “muito respeitado” no Mediterrâneo.

James Cutfield, 51, era o capitão do Bayesian. Foto: reprodução

“Você pode ver isso nos gráficos, no gráfico de rastreamento do AIS”, explicou Costantino, referindo-se aos dados que corroboram com sua cronologia dos eventos, embora não seja possível verificar o que ocorreu exatamente durante esse período.

A bordo do Bayesian estavam 22 pessoas, incluindo 12 tripulantes e 10 passageiros. O chef de cozinha Recaldo Thomas foi o único tripulante a morrer, enquanto as outras vítimas confirmadas incluem Lynch, Bloomer, o advogado Christopher Morvillo e as esposas de Bloomer e Morvillo, cujos corpos foram recuperados. Equipes de resgate ainda buscam Hannah Lynch, filha do empresário britânico.

Costantino criticou a condução da embarcação durante a tempestade, afirmando que o capitão deveria ter seguido protocolos rígidos de segurança, como trancar todas as escotilhas, reunir os passageiros em um local seguro e manobrar o barco para enfrentar o vento de proa.

 

 

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