A taxa de desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 53,7% em maio, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 30, pela pesquisa Latam Pulse, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg.
Os dados foram coletados entre os dias 19 e 23 de maio de 2025, com base em entrevistas on-line com 4.399 pessoas em todo o país. A margem de erro é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.
O índice representa um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação à sondagem realizada no mês anterior, quando 50,1% dos entrevistados declararam reprovar a gestão do presidente. A aprovação ao governo permaneceu estável, variando de 46,1% em abril para 45,4% em maio, dentro da margem de erro da pesquisa.
O percentual de entrevistados que optaram por não responder ou declararam indecisão diminuiu significativamente, passando de 3,8% para 0,7% no mesmo intervalo de tempo. O levantamento não detalha as razões específicas para a variação nos índices de aprovação e desaprovação.
A metodologia da pesquisa envolveu aplicação de questionários estruturados por meio digital, com amostragem representativa da população brasileira adulta. A AtlasIntel informa que o modelo estatístico da pesquisa segue critérios de estratificação por região, gênero, faixa etária, escolaridade e renda.
Com os novos dados, a série histórica da pesquisa registra a maior taxa de desaprovação ao governo Lula desde o início do terceiro mandato. Os resultados são acompanhados de perto por integrantes do Palácio do Planalto e partidos da base aliada, que monitoram as oscilações de popularidade do Executivo.
Em maio, a maioria dos entrevistados declarou avaliar negativamente a administração federal, mesmo com ações anunciadas nas áreas de crédito, habitação e transferência de renda. Entre abril e maio, o governo lançou medidas voltadas ao financiamento de reformas habitacionais e à ampliação do acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Os dados da Latam Pulse integram um conjunto de pesquisas de opinião pública que têm sido utilizadas por consultorias financeiras, investidores e setores da imprensa para medir a percepção da população sobre a condução política e econômica do país.
A Bloomberg, parceira na divulgação da pesquisa, aponta que os índices de aprovação e desaprovação são acompanhados regularmente por agentes do mercado para avaliar riscos políticos e impactos sobre decisões de investimento.
A pesquisa não apresenta recortes regionais ou segmentações por faixa de renda e escolaridade, mas a AtlasIntel informa que os microdados podem ser disponibilizados mediante solicitação para análise técnica. O instituto também realiza o monitoramento de outros indicadores de opinião pública, como confiança nas instituições e avaliação do Congresso Nacional.
No cenário político, os resultados da sondagem divulgada nesta sexta-feira alimentam o debate sobre as estratégias de comunicação do governo e os efeitos das políticas públicas adotadas nos primeiros meses do ano. A queda na aprovação, ainda que dentro da margem de erro, contrasta com a trajetória estável observada em meses anteriores.
A presidência da República não comentou os dados da pesquisa até o momento. Parlamentares da oposição utilizaram os resultados para reforçar críticas à condução do governo em áreas como segurança pública, política fiscal e relações internacionais.
A próxima rodada da pesquisa Latam Pulse está prevista para o mês de junho, com novo levantamento de campo programado para o início do segundo semestre. O objetivo é acompanhar tendências de opinião da população brasileira ao longo do ano e medir os efeitos de eventuais mudanças na agenda política e econômica do Executivo federal.
A AtlasIntel mantém o painel Latam Pulse com atualizações periódicas em diferentes países da América Latina, oferecendo dados sobre avaliação de governo, intenções de voto e percepções sociais. No Brasil, a série de pesquisas foi iniciada em 2022 e tem sido publicada em conjunto com veículos de imprensa e instituições de análise econômica.
A margem de erro de um ponto percentual, combinada com o tamanho da amostra e o método de aplicação por meio digital, permite o acompanhamento de variações pontuais na avaliação do governo, segundo os critérios técnicos informados pelo instituto. O intervalo de confiança de 95% indica que há alta probabilidade de os resultados refletirem com precisão a opinião do eleitorado no período da coleta.