Para o economista-chefe do BTG Pactual, Luís Carlos Mansueto Almeida (foto/ reprodução internet), a carga tributária no Brasil, que alcança cerca de 32% do PIB, destaca desafios fiscais e a necessidade de um ajuste gradual. O país enfrenta um déficit primário significativo, o que exige um ajuste fiscal gradual. “O ajuste fiscal não pode ser feito em dois ou três anos devido às despesas obrigatórias, como salários de servidores públicos”, explicou.
Ele menciona que o aumento inesperado de receita pode ser problemático devido às regras constitucionais que exigem gastos mínimos em saúde e educação. Almeida também falou que a balança comercial teve um saldo positivo de US$100 bilhões, impulsionado por exportações de petróleo do pré-sal. Para este ano, ele prevê um saldo de US$95 bilhões, impactado pelos efeitos do clima na produção agrícola.
Embora a inflação projetada para os próximos anos esteja acima do centro da meta, os números esperados representam uma melhora importante em relação ao histórico inflacionário do país. Apesar da recente alta do dólar, Almeida argumentou que ela não reflete os fundamentos econômicos do Brasil. Ele destacou a importância do cumprimento da meta fiscal e a recente sinalização positiva da ala política do governo para a estabilidade econômica.