Em um cenário adverso, de baixo crescimento da economia mundial, o Brasil enfrenta o agouro dos pessimistas e surpreende a cada mês com indicadores positivos, projeção de crescimento de 2,9%, em 2024, com perspectiva de se tornar a 8ª economia do mundo, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A reconstrução do Brasil, pelo presidente Lula, com crescimento econômico e avanços sociais, está demonstrada nos mais recentes dados das instituições de pesquisa nacionais e internacionais.
Esse êxito deve ser contextualizado no período histórico mais alargado, no qual as forças democráticas, lideradas pelo presidente Lula, se uniram na defesa da democracia e na implementação do projeto nacional de desenvolvimento sustentável com justiça social, tendo o Estado como indutor do desenvolvimento.
Parece até que o destino do presidente Lula é reconstruir o Brasil e colocá-lo novamente nos trilhos, depois de desastres econômicos e políticos. Em 2002, o presidente Lula recebeu o País quebrado, das mãos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 2002, as reservas cambiais, que haviam minguado com os ataques especulativos contra o Real, devido à grave vulnerabilidade externa do País, somavam apenas 16,3 bilhões de dólares. A dívida externa bruta chegou a 42% do PIB. Em 2002, a inflação chegou a 12% ao ano. Os juros básicos superaram 40% ao ano em alguns períodos.
A dívida pública líquida dobrou entre 1995 e 2002. A carga tributária foi elevada de 25% para 34% do PIB, em igual período. As tais reformas do projeto neoliberal asfixiaram a economia, levaram o País à recessão e ao desemprego em massa.
Esse foi o cenário encontrado pelo presidente Lula quando tomou posse naquele ano. Os indicadores expõem a contradição entre o discurso de defesa dos fundamentos do neoliberalismo, da defesa do Estado mínimo, de privatizações a qualquer custo, do governo anterior, e a realidade da crise à qual o País foi submetido.
Diante daquela dramática situação econômica e financeira, o presidente Lula optou por priorizar a organização das contas públicas com responsabilidade fiscal e social e fazer um plano estratégicos de investimento, para tirar o País da crise e alavancar o crescimento.
Em seguida, os resultados começaram a aparecer. A inflação baixou, de 12,5%, em 2002, para um patamar inferior a 6% ao ano, a partir de 2005 — exceto em 2015. A dívida pública líquida caiu quase pela metade entre 2002 e 2013, com pequena elevação em 2015.
Nesse período, com a ampliação dos investimentos na infraestrutura e nos programas sociais, o Brasil voltou a crescer e a redistribuir a renda do crescimento. Entre 2002 e 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) foi elevado de 5,3 trilhões para 7,7 trilhões de reais. E o PIB per capita, de 29,6 mil para 37,7 mil reais.
No final de 2015, no governo da presidenta Dilma, as reservas ultrapassaram 360 bilhões de dólares. No mesmo ano, a dívida externa bruta caiu para 18,6% do PIB (em 2002, havia chegado a 41,6% do PIB). E a dívida externa líquida, que era de 37% do PIB, em 2002, passou a ser negativa a partir de 2007, (-2,5% do PIB), em 2015.
Esse longo ciclo virtuoso de crescimento foi duramente afetado em 2008, com a crise mundial do subprime, nos Estados Unidos. Se aproveitando dos efeitos da crise sobre a economia brasileira, os coveiros do caos destituíram a presidenta Dilma, em 2016. Em seguida a crise se agravou ainda mais.
O governo Temer e o que o sucedeu promoveram o desmonte ideológico das políticas públicas de proteção social e dos planos de investimento dos governos Lula e Dilma, e o Brasil mergulhou no caos econômico e social, cujos indicadores demonstram o desgoverno dos períodos Temer e seu sucessor.
Na gestão Temer, a economia cresceu apenas 1,6% ao ano (2017-2018). O desemprego chegou a 13,1%, em 2018, com 12,8 milhões de brasileiros desempregados. Foi o governo mais impopular da história do Brasil, considerado ruim ou péssimo por 74% da população, segundo o Ibope.
No governo do sucessor de Temer, o crescimento recuou para a média de 1,5% ao ano (2019-2022). A taxa de desemprego chegou a 14,2%. Entre a população de 18 a 24 anos, o índice atingiu 22,8% de pessoas desempregadas. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 80% da população estava endividada.
Em 2023, depois de derrotar a tentativa de golpe, coube, novamente, ao presidente Lula reconstruir o Brasil com um arrojado projeto de desenvolvimento sustentável, com transição energética, justiça social e ambiental.
Foi aprovada a PEC da Transição, que garantiu os recursos emergenciais para reconstituição dos programas sociais desmontados e para despesas correntes. As contas públicas foram reorganizadas com a aprovação do Regime Fiscal Sustentável, entre outras medidas, da Reforma Tributária, foi reativado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos previstos da ordem de 1,7 trilhão de reais (recursos públicos e privados), mais 200 bilhões de reais na reindustrialização do País, através do Programa Nova Indústria, e mais 200 bilhões na transição energética, até 2028.
Os resultados começaram a acontecer já em 2023, com uma taxa de crescimento do PIB muito acima das previsões agourentas dos pessimistas: 2,9%. A atividade econômica movimentou 10,9 trilhões de reais, em valores nominais, segundo o IBGE. A taxa de desemprego caiu para 7,8%, no final de 2023. Fechou o trimestre, encerrado em junho de 2024, em 6,9%. O menor índice registrado desde 2014.
As pesquisas mais recentes do Ministério do Trabalho/Caged informam que o Brasil criou 201,7 mil empregos de carteira assinada em junho de 2024, número muito além do projetado (160 mil), alta de 29,55% ante o mesmo mês em 2023. No primeiro semestre foram criados 1,3 milhão de novos empregos formais. Além disso, o Caged revelou que, nos últimos doze meses, foram geradas 1.727.733 vagas.
A grande surpresa foi o crescimento do emprego no setor de indústria, que teve um aumento de 165% das vagas em relação a junho do ano passado. Nesse mesmo mês, a produção industrial nacional avançou 4,1% na comparação com o mês anterior. Maior alta em quatro anos. Em relação a junho de 2023, a indústria avançou 3,2%, após recuar 1,1% em maio e crescer 8,4% em abril. Com isso, o setor industrial cresceu 2,6% no acumulado do primeiro semestre de 2024.
Nunca se exportou tanto. No ano, as exportações brasileiras totalizam o recorde de 194,805 bilhões de dólares e as importações, 145,754 bilhões de dólares, com saldo positivo de 49,051 bilhões de dólares e corrente de comércio de 340,559 bilhões de dólares.
Também em julho deste ano, a inflação registrou queda 0,30%. Mostra desaceleração em relação a junho, que foi de 0,39%. É a segunda menor prévia deste ano. De acordo com o IBGE, em 12 meses, a variação do IPCA-15 chegou a 4,45%.
Com inflação em queda, não se justifica o Banco Central ter mantido a taxa de juros em 10,5% ao ano. Nesse patamar, os juros inviabilizam o crédito, os investimentos, a produção e o comércio.
Em 2023, os investimentos do governo Lula cresceram 80,5% em relação a 2022. De 39,15 bilhões de reais, o valor saltou para 70,7 bilhões, de acordo com dados do Ipea.
Pelo segundo mês consecutivo, caiu a inadimplência no Brasil. A desaceleração foi de -1,25% nos últimos 60 dias, que corresponde a uma diminuição de 918 mil num universo de 72,50 milhões em situação de inadimplência. O programa Desenrola renegociou dívidas de 14,75 milhões de pessoas, 50 bilhões de reais em dívidas, com gasto de apenas 2 bilhões. Medida que ajudou a alavancar o mercado interno de consumo e a destravar a economia.
Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que o índice de confiança do consumidor subiu pela segunda vez consecutiva, e atingiu 92,9% em julho.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 0,6 ponto, em julho, alcançando 97,4 pontos, impulsionado pela melhora nas projeções de negócios no Brasil.
São muitos os indicadores positivos que convergem para o crescimento econômico do País, do emprego, da renda e da melhoria das condições de vida da população. Ou seja, o presidente Lula veio, mais uma vez, para reconstruir o País, promover o desenvolvimento sustentável, erradicar a pobreza e a fome, promover a justiça social e ambiental.