A Câmara Federal fez barulho com a votação-relâmpago do projeto para suspender o processo penal contra Alexandre Ramagem (foto/reprodução internet) e, de tabela, do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 32 investigados por tentativa de golpe. Foi um “golpe preventivo” do Centrão, com 315 votos a favor, para mostrar força, blindar aliados e, quem sabe, puxar o freio de futuras ações penais contra políticos de mandato. A desculpa? Uma interpretação larga da Constituição, de que o Parlamento pode travar processos contra seus pares. Mas a conta não fecha: a regra vale para parlamentares, não para ex-presidentes ou civis. O STF, claro, deve ignorar o teatrinho — o que promete nova rodada de rusgas entre poderes. No fundo, o que está em jogo é o retorno à velha prática do mandato como escudo judicial. E, convenhamos, nada mais útil em tempos de orçamento secreto sob investigação.

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Last Update: 08/05/2025