O deputado dos Estados Unidos Chris Smith enviou uma carta ao ministro do Supremo Tribunal Federal, na qual relata ter recebido “relatos alarmantes” de perseguição política, falta de liberdade de expressão e má conduta judicial no Brasil.
A correspondência também chegou aos gabinetes dos presidentes do STF, Luís Roberto Barroso; do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No documento, Smith alega terem sido constatadas graves violações de direitos humanos por parte do governo brasileiro.
O congressista fez sete questionamentos a Moraes, principal alvo dos bolsonaristas, que o acusam de violações à liberdade de imprensa e à imunidade parlamentar, além de uma suposta invasão da jurisdição dos Estados Unidos. Smith disse esperar uma resposta do magistrado brasileiro em até dez dias.
Grande parte das alegações foi apresentada ao parlamentar em uma audiência em maio. O evento contou com a participação de expoentes da extrema-direita brasileira, a exemplo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do blogueiro Allan dos Santos e do ex-deputado Deltan Dallagnol.
“Depoimentos apresentados na audiência forneceram fatos e evidências e desenharam um quadro profundamente perturbador do estado da democracia e dos direitos humanos no Brasil”, diz um trecho da carta. “Você solicitou dados ou emitiu ordens contra empresas ou indivíduos que não estão sob sua jurisdição geográfica?”, questiona o republicano em um dos pontos.
Alexandre de Moraes ainda não se manifestou sobre o documento.