A mãe de um adolescente que acusa o deputado federal bolsonarista Professor Alcides (PL-GO) de abuso sexual afirmou que ele mandou um grupo de homens roubar o celular da vítima para eliminar provas que comprovam o envolvimento sexual do parlamentar com o garoto. Em boletim de ocorrência, ela denunciou que um policial, um segurança e um instrutor de tiros roubaram o aparelho do filho.
Ela relatou que o filho foi convidado para participar de uma seleção de jogadores de futebol Sub-16 em outubro de 2021, o que seria uma competição para ingressar em um time de futebol goiano. Na ocasião, o parlamentar teria pedido para todos os adolescentes, exceto a suposta vítima, irem ao campo e tocou no corpo do menor dentro da roupa e ainda beijou a boca [dele].
Inicialmente, o adolescente teria rejeitado a ofensiva do parlamentar, mas duas semanas depois teve conjunção carnal com Alcides, segundo a mãe. Ela não detalhou o motivo da volta do filho ao local e se existiram outros contatos com o parlamentar.
A delegada Sayonara Lemgruber, que investiga o caso, afirma que em 12 de novembro daquele ano o trio ligado ao parlamentar foi até a casa dela sob alegação de que levaria o garoto ao dentista. Ao entrar no carro, no entanto, os suspeitos teriam roubado seu celular, além de fazer ameaças e exigir senhas de aplicativos do aparelho para poder apagar os conteúdos.
“Supostamente para a finalidade de apagar mensagens, vídeos dessa suposta relação pessoal entre o adolescente e o indivíduo politicamente exposto”, afirmou a delegada. Na denúncia, a mãe afirmou que os suspeitos policiais apontaram uma arma contra a perna e o pescoço do adolescente ameaçando atirar.
Os três suspeitos ligados a Alcides foram presos nesta quinta (12) pela Polícia Civil, que não divulgou seus nomes. Além dos mandados de prisão temporária (30 dias), a corporação realizou busca e apreensão em endereços ligados a eles.
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