Em votação simbólica, o plenário do Senado aprovou ontem o projeto da reforma do ensino médio que aumentou a carga horária mínima destinada à formação geral básica (FGB) das atuais 1.800 para 2.400 horas.
Além disso, fortaleceu os itinerários formativos, articulando-os com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, e ciências humanas e sociais aplicadas.
Para quem optar pelo ensino profissionalizante, a carga comum cai para 2.200 horas, restando 800 horas para aulas específicas dos cursos técnicos.
A carga horária de 2.400 horas para disciplinas obrigatórias e o espanhol como língua obrigatória são conquistas importantes para os estudantes.
A deputada Alice Portugal considerou a aprovação da proposta no Senado uma vitória dos estudantes.
“Agora, a proposta volta para a Câmara dos Deputados onde iremos lutar pela manutenção do texto vindo Senado e pelo fim do Notório Saber. Nossa luta continua!”, afirmou a deputada.
Os estudantes prometem mobilização para manter as conquistas no Senado e levar a matéria à sanção presidencial.
“A gente vai estar lá incansável, batendo em cada gabinete de deputados e deputadas para garantir que os estudantes sejam respeitados. A nossa luta não acabou no Senado”, disse o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva.