
Nesta quinta-feira (5), Jair Bolsonaro irá prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele será ouvido sobre as movimentações de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, que buscariam influenciar o processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abertura de uma investigação e determinou o depoimento do ex-presidente.
Segundo a defesa, o ex-mandatário comparecerá presencialmente e será interrogado por um delegado da PF.
Até o momento, as investigações relacionadas aos atos antidemocráticos são conduzidas pelo delegado Fábio Schor, mas a intimação, segundo a Veja, não confirma se ele conduzirá este depoimento.
Como o caso está na fase de inquérito, Moraes não participará do interrogatório – o magistrado atua apenas como relator da investigação e decide sobre pedidos da PGR ou da PF, sem conduzir diretamente os atos investigatórios.

Bolsonaro não é formalmente investigado, mas, por ser potencial beneficiário das ações de Eduardo Bolsonaro no exterior, poderá ser incluído no processo.
Na oitiva, Bolsonaro tem o direito constitucional de permanecer em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. Ele também não é obrigado a falar a verdade em relação a fatos que possam prejudicá-lo, conforme previsto na legislação brasileira.
Na semana passada, Moraes autorizou a abertura de uma investigação contra Eduardo Bolsonaro. O parlamentar, que segue licenciado de seu mandato e morando nos EUA, chegou a admitir publicamente que busca apoio de autoridades estrangeiras para avaliar possíveis sanções contra Moraes e outros representantes do Judiciário brasileiro.