A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta sexta-feira (20) R$ 400 mil em dinheiro nacional e estrangeiro em imóveis ligados ao delegado João Silva, chefe da Divisão de Tecnologia da Informação do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol). Ele é investigado por suspeita de fraudar concursos públicos. A defesa do delegado não foi localizada para comentar as acusações.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o agente foi afastado do cargo após solicitação da medida à Justiça. A pasta também comunicou que a Corregedoria encontrou R$ 200 mil e € 30 mil em espécie.
O cumprimento dos mandados faz parte de uma investigação iniciada na Polícia Civil para combater desvios de conduta e práticas ilícitas, reafirmando o compromisso da instituição com a legalidade, informou a SSP em comunicado.
Outros delegados afastados
No mesmo dia, outros dois delegados foram afastados de suas funções por suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção e colaboração com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre eles está Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Lopes foi citado em uma delação premiada que relaciona seu nome a atividades ilícitas com o PCC.
Outro delegado afastado foi Murilo Fonseca Roque, de uma delegacia em São Bernardo do Campo. Ambos foram mencionados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, empresário assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos no início de novembro.
Gritzbach havia denunciado à Polícia Federal e ao Ministério Público Estadual supostos esquemas de corrupção envolvendo policiais e autoridades públicas.
Entre as denúncias feitas pelo delator, está a cobrança de R$ 5 milhões pelo advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves, que, segundo o empresário, incluía promessas de desbloqueio de bens, devolução de passaporte e liberdade em acusações de lavagem de dinheiro. Parte do pagamento teria sido feita por meio de imóveis e transferências bancárias.
Fábio Lopes se defendeu publicamente durante entrevista coletiva na sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. Ele negou as acusações, classificou-as como injustas e destacou seus 32 anos de serviço na Polícia Civil. “Estou puto, puto. Não tem outra palavra. Uma injustiça. Tenho certeza de que tudo será esclarecido rapidamente”, afirmou.
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