O candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, que se autodenomina ex-coach, voltou aos holofotes após revelações de seu histórico criminal. Ele foi preso em 2005 e condenado por furto em 2010, em um caso envolvendo uma quadrilha especializada em fraudes bancárias online, conforme informações divulgadas pela Folha.
Marçal foi acusado de colaborar com o esquema criminoso ao selecionar endereços de emails de possíveis vítimas. A investigação da Polícia Federal indicou que, além de fazer a manutenção dos computadores usados pela quadrilha, ele operava um programa que captava os emails para o envio de spams destinados a roubar dados bancários.
No entanto, Marçal foi solto pouco tempo depois de sua prisão, após fornecer informações sobre supostos comparsas à Polícia Federal. Um ofício da PF, datado de 2 de setembro de 2005, solicitou sua soltura, alegando que não se faz mais necessária a manutenção de sua prisão temporária.
Ele foi libertado no dia seguinte, enquanto outros suspeitos permaneceram presos. A colaboração de Marçal com as autoridades é citada nos documentos do processo, com a PF apontando que ele repassou várias informações a respeito de vários envolvidos com o esquema de fraudes via internet.
A condenação do coach foi sentenciada em 2010, quando o juiz responsável reconheceu seu papel secundário na quadrilha e o condenou a quatro anos e cinco meses de reclusão. No entanto, sua pena foi extinta em 2018 por prescrição retroativa.
A revelação desses detalhes tem sido usada como munição por adversários de Marçal na corrida eleitoral. O candidato, que atualmente nega envolvimento no esquema, ainda não se pronunciou sobre as novas revelações.
Em 2022, Marçal publicou um vídeo em suas redes sociais onde afirmava que apenas consertava computadores para um cara da igreja e que não tinha conhecimento das atividades ilícitas. Ele destacou que todas as pessoas envolvidas no caso foram condenadas e cumpriram suas penas, exceto ele, que teve sua punibilidade extinta.
Última Atualização: 26/08/2024